Completam-se amanhã 32 anos sobre o grave acidente do aeroporto do Funchal, que custou a vida a 130 passageiros e tripulantes.
Fui despertado para esta trágica memória pela reportagem do "Expresso" ,que reproduzo seguidamente. Neste vôo "425" seguia como tripulante um amigo dos (velhos) tempos do Colégio do Dr.Cabrita: o José de Paiva Silveira.Filho do conhecido e saudoso Dr.Laborinho, o médico que mais "alcobacenses" ajudou a vir ao mundo no "seu" Hospital do Sítio da Nazaré.O Zé Silveira,nado e criado na Nazaré, foi um sobreviventes deste terrível acidente, por na altura da queda estar sentado na parte de trás do avião. Felizmente que o Zé escapou com vida e ainda está por cá.
A fotografia que reproduzimos foi tirada em recente convívio de antigos alunos do Dr.Cabrita, em Aljubarrota, na Estalagem do Cruzeiro. A bonita jovem que o abraça carinhosamente é a sua irmã mais nova.
JERO
19 de Novembro de 1977
O VÔO 425
Era uma noite de sexta-feira, invernosa e negra, com a chuva a bater forte devido ao vento. O Boeing 727 da TAP com o número 425 e nome de baptismo "Sacadura Cabral" havia partido de Bruxelas e feito escala em Lisboa com destino ao Funchal. A chuva copiosa, puxada a vento, e as constantes trepidações levaram o comandante do avião, João Costa, a comunicar que o jantar não seria servido.
Foi uma viagem interminável, que acabou tragicamente às 21h45 em cima duma ponte, no limite oeste do Aeroporto de Santa Catarina, despenhando-se o aparelho depois no mar, de uma altura de 50 metros, e incendiando-se num ápice. 130 dos seus 164 passageiros morreram, a maioria deles carbonizada.
Aquela que para alguns era uma viagem de fim-de-semana e para outros o regresso a casa após uma semana de trabalho no continente terminava de forma brutal. As condições climatéricas foram apontadas como a causa primeira do desastre, e o relatório com as conclusões técnicas do acidente revelou que o vasto lençol de água depositado na pista havia provocado o fenómeno de aquaplaning.
A catástrofe relançava novamente um problema constantemente abordado pelas autoridades madeirenses: o da exiguidade da pista, com apenas 1700 metros de comprimento. A pista 'difícil' - como era conhecida - assim se manteve até Setembro de 2000, data em que passou para os actuais 2781 metros.
O VÔO 425
Era uma noite de sexta-feira, invernosa e negra, com a chuva a bater forte devido ao vento. O Boeing 727 da TAP com o número 425 e nome de baptismo "Sacadura Cabral" havia partido de Bruxelas e feito escala em Lisboa com destino ao Funchal. A chuva copiosa, puxada a vento, e as constantes trepidações levaram o comandante do avião, João Costa, a comunicar que o jantar não seria servido.
Foi uma viagem interminável, que acabou tragicamente às 21h45 em cima duma ponte, no limite oeste do Aeroporto de Santa Catarina, despenhando-se o aparelho depois no mar, de uma altura de 50 metros, e incendiando-se num ápice. 130 dos seus 164 passageiros morreram, a maioria deles carbonizada.
Aquela que para alguns era uma viagem de fim-de-semana e para outros o regresso a casa após uma semana de trabalho no continente terminava de forma brutal. As condições climatéricas foram apontadas como a causa primeira do desastre, e o relatório com as conclusões técnicas do acidente revelou que o vasto lençol de água depositado na pista havia provocado o fenómeno de aquaplaning.
A catástrofe relançava novamente um problema constantemente abordado pelas autoridades madeirenses: o da exiguidade da pista, com apenas 1700 metros de comprimento. A pista 'difícil' - como era conhecida - assim se manteve até Setembro de 2000, data em que passou para os actuais 2781 metros.
Rui Ochôa
Texto publicado na edição do Expresso de 14 de Novembro de 2009
Texto publicado na edição do Expresso de 14 de Novembro de 2009
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