«RETALHOS» DA VIDA DE UM MÉDICO
São Martinho do Porto prestou homenagem ao Dr. Rafael Gagliardini Graça
As comemorações do centenário do nascimento do médico Rafael Gagliardini Graça, que nasceu na Madeira, na vila de Ponta do Sol, em 3 de Outubro de 1906, tiveram o seu ponto alto com o descerramento de um Memorial no Largo Vitorino Fróis no dia 25 de Agosto último.
Com o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça a Comissão Centenário do Nascimento do Dr. Rafael Gagliardini Graça editou um opúsculo, cuja capa reproduzimos, que teve a coordenação editorial do Dr. Luís Peres Pereira.
É dos textos desse opúsculo que seleccionámos os Retalhos da vida de um médico, que se seguem.
Dados Pessoais
«Natural da Madeira, Rafael Barata Gagiardini Graça veio para o Continente ainda menino, com apenas cinco anos.Foi o 2º. Filho dos 11 que o Juiz de Direito Dr.Luís Gagliardini Graça e Maria da Conceição Pereira Barata Gagliardini Graça tiveram. Estudou e formou-se na Universidade do Porto, com a classificação de 16 valores. Foi depois para Lisboa donde seguiu para Paris para fazer uma especialização.Com 24 anos casou em 9 de Dezembro de 1930 com Maria Ana Rebelo Palhares Caldeira de Castel-Branco. Fixaram residência em Lisboa onde tinha consultório médico.
No Verão de 1931 vieram passar férias em São Martinho do Porto.E ficaram.
O médico residente Dr. Acácio Pereira da Costa estava muito doente e pediu ajuda ao jovem Dr. Rafael Graça para o substituir. No princípio de Setembro o Dr Acácio faleceu e o Dr. Rafael Gagliardini Graça ficou…durante 52 anos. A sua morte deu-se a 25 de Março de 1982 num acidente de automóvel entre São Martinho do Porto e Caldas da Rainha para onde ia dar consulta. Teve 6 filhos , 2 dos quais morreram ainda bebés. Também nas Caldas da Rainha nasceram 8 netos, tendo o Dr. Graça feito o parto do 1º.neto. Já não teve a sorte de conhecer o seu mais novo que tem o seu nome. Ainda como descendentes tem 16 bisnetos e 3 trinetos.»
Maria da Conceição Castel-Branco Gagliardini Graça Torres e Maria Luísa Castel-Branco Gagliardini Graça Sines Fernandes
Maria da Conceição Almeida da Silva , que foi a Coordenadora das Comemorações, trabalhou com o Dr. Graça, que assistiu ao seu nascimento. Exercia a sua profissão como um sacerdócio… Muitas vezes ia a cavalo ver doentes nos casais da freguesia: S.Martinho; Serra da Pescaria; Casal Pardo; Casal Velho; Vale Maceira e Salir do Porto, onde não havia estradas. Saía de casa com 1 sanduíche no bolso e só voltava à noite. E se lhe perguntavam quanto lhe deviam pelo seu trabalho, muitas vezes respondia: «Quem lhe está a pedir dinheiro?».
Mário Manuel Félix Martins Pedro, em representação da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto evocou com muita saudade a figura do Grande Homem e Médico que foi o Dr. Graça, citando casos pessoais e o seu orgulho de, como Presidente da Junta, ter proposto o seu nome para uma Rua, o que veio a concretizar-se com o apoio da C.M.Alcobaça.
Um dos testemunhos mais sentidos (e em nossa opinião mais conseguidos como «voz do povo) foi o de Abílio Jacinto Luís, Presidente da Junta de Freguesia de Salir do Porto, não só como autor do depoimento inscrito no livro das Comemorações como também pelo discurso que proferiu no dia do descerramento do Memorial do Largo Vitorino Fróis no dia 25 de Agosto último.
…Contam-nos os mais velhos da nossa freguesia, que o Dr. Graça, quando chamado a tratar doentes cujas doenças eram fatais , muitas vezes se via este homem deixar cair do rosto algumas lágrimas por não poder fazer mais nada na defesa da vida dos seus doentes, que também eram seus amigos.
...O Dr.Graça foi de uma importância muito grande em toda esta zona, mas no que se refere à minha freguesia foi invulgar…numa época…. em que quase não existiam serviços de saúde .O Dr. Graça era(foi) um verdadeiro médico de família, pese embora este título (só) tivesse aparecido umas décadas depois.
O Engº. João Vicente, Marquês de Rio Maior refere as relações de amizade com o Dr. Rafael Gagliardini Graça que foi ,desde a sua chegada a São Martinho do Porto em 1931, o seu Médico e o de sua família, granjeando ao longo dos anos a maior estima de toda a Família que sempre o considerou uma pessoa notável, empenhada e amável. Refere também o envolvimento do Dr. Rafael Graça nas actividades da vila, como político e como associativista, nomeadamente como Presidente de Junta da Freguesia e Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários, Junta de Turismo e Grupo de Amigos de São Martinho do Porto.
Também o Dr.Luciano Ravara o recorda como um homem afável, de olhar penetrante e de uma paciência infinita, nunca dando a perceber que tinha pressa, que acorria às chamadas com a maior prontidão.
…Dedicou-se inteiramente ao serviço da comunidade local deslocando-se por montes e vales numa égua, não pensando em benesses ou louvarias como era próprio dos homens de bem do século passado.
O testemunho de seu neto, Rafael Galiardini Graça , fez juz ao nome que usa.
…Dele herdei o nome e suas histórias que toda a vida ouvi.
… Não o tendo conhecido, sempre fui habituado a ter pelo meu Avô uma profunda admiração e um profundo respeito.
O mundo está muito diferente….e até a medicina , actividade a qual o meu Avô se dedicava, é hoje praticada de forma radicalmente diferente do que aquela que o Dr.Rafael Gagliardini Graça praticava.
No entanto neste mundo de mudanças há coisas que permanecem: a coragem, a solidariedade, a nobreza, a integridade, o respeito pelas pessoas diferentes.
Estes valores, segundo os quais, me tenho esforçado por viver, nunca mudam.
…Estes valores foram-me ensinados pela minha família mais próxima ,naturalmente, mas o meu Avô é um dos pilares que a sustém.
É um pilar invisível daquilo que sou hoje.
Na qualidade de filha ,Maria Luísa Gaglardini Graça Sines Fernande, recordou com orgulho a vida familiar… tanto nos bons como nos maus momentos o seu Pai não dominava(os seus 4filhos) nem os descurava, mas educava-os dentro de profundos valores cristãos em união com a Mãe, mas respeitando-lhes as opções, a liberdade responsável.
Do meu Pai aprendi como se esquecia de si próprio e a estar sempre disponível para os outros, a qualquer hora do dia ou da noite.
…Viveu a vida sem guardar ódio a rancor a alguém movido apenas pela bondade.
…Do meu Pai aprendi…tantas coisas.
Que Deus me perdoe se não conseguir transmitir todos estes valores e exemplos como eles o mereciam. Obrigado pelos Pais que tive.
Como amigo da Família,Pedro Alvim, que usou da palavra na cerimónia de 25 de Agosto foi o dono do verbo ,que usou com elegância e brilho. O(s) seu(s) discurso(s) mereciam ambos publicação na íntegra. Na impossibilidade de o fazermos seguem-se alguns lampejos…
«São Martinho do Porto é terra de ventos. Têm-no confirmado nestes últimos dias.Com o tempo assim reforçam-se as amarrações e as âncoras…não vão os barcos rolar. Na baía , quem dela vive ou nela se diverte sabe do que falo. Dando-me conta, em acréscimo, da voz popular quando diz “que palavras leva-os vento”, decidi-me tomar as devidas precauções. O nosso querido homenageado não merece que as verdades que sobre ele se digam venham como os barcos desgovernados, a rolar e desfazer-se num qualquer areal de esquecimento. Dei-lhes uma âncora. Puz em escrito o que gostaria de vos dizer de viva voz. Sabemos assim onde elas estão. Ficam ancoradas e amarradas ao papel. Quem quiser, sempre poderá encontrar uma referência que se tenha feito, ou um valor que se tenha enaltecido e, quem sabe, talhar, talvez, novos rumos na sua vida. Gostava que assim pudesse acontecer. O Dr. Graça continuaria a fazer o bem sem olhar a quem, como sempre sucede quando há mérito incontestável e os presentes respeitam o passado e as suas memórias pensando no futuro.»
…
«A vida que o Dr.Graça nos ofereceu, situa-o, seguramente, no restrito número dos eleitos que atingem a mais digna dimensão a que um Homem pode ascender na valorização dos talento que lhe foram concedidos.
O Dr. Rafael Barata Gagliardini Graça legou-nos uma Obra e um Exemplo que o mundo de bem – Com São Martinho do Porto, num lugar de proa – sente a honra de enaltecer, por Justiça e de memorizar, por Gratidão»
Pessoa distinta, serena, impecável no porte, exemplar na educação; percebia-se que os desassossegos, a existirem, não se reflectiam no seu comportamento.
…Sei que como médico, se movia por valores, em que a pessoa estava no centro das suas preocupações, sendo nesse sentido, um homem SOCIAL, na leitura mais ampla do termo confiança, valor essencial para os pacientes.
…Associo-me , a Câmara Municipal associa-se à justa homenagem pública que é prestada ao Dr. Gagliardini Graça que será sempre olhado, no futuro, como uma REFERÊNCIA CÍVICA E HUMANA.
Dr.José Gonçalves Sapinho, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
Vamos terminar.
Ao longo da vida deste cidadão exemplar , que foi filho adoptivo de São Martinho do Porto, várias homenagens lhe foram feitas, nomeadamente com nomes de ruas e agora com um memorial numa das praças da vila.
Mais do que tudo isso, que é importante, o que perdura (e continuará a perdurar) é a memória de um ser humano de excepção.
Rafael Gagliardini Graça é dos homens que não morrem.
JERO
(Publicado em »O ALCOA» a quando centenário do seu nascimento 1906-2006)
São Martinho do Porto prestou homenagem ao Dr. Rafael Gagliardini Graça
As comemorações do centenário do nascimento do médico Rafael Gagliardini Graça, que nasceu na Madeira, na vila de Ponta do Sol, em 3 de Outubro de 1906, tiveram o seu ponto alto com o descerramento de um Memorial no Largo Vitorino Fróis no dia 25 de Agosto último.
Com o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça a Comissão Centenário do Nascimento do Dr. Rafael Gagliardini Graça editou um opúsculo, cuja capa reproduzimos, que teve a coordenação editorial do Dr. Luís Peres Pereira.
É dos textos desse opúsculo que seleccionámos os Retalhos da vida de um médico, que se seguem.
Dados Pessoais
«Natural da Madeira, Rafael Barata Gagiardini Graça veio para o Continente ainda menino, com apenas cinco anos.Foi o 2º. Filho dos 11 que o Juiz de Direito Dr.Luís Gagliardini Graça e Maria da Conceição Pereira Barata Gagliardini Graça tiveram. Estudou e formou-se na Universidade do Porto, com a classificação de 16 valores. Foi depois para Lisboa donde seguiu para Paris para fazer uma especialização.Com 24 anos casou em 9 de Dezembro de 1930 com Maria Ana Rebelo Palhares Caldeira de Castel-Branco. Fixaram residência em Lisboa onde tinha consultório médico.
No Verão de 1931 vieram passar férias em São Martinho do Porto.E ficaram.
O médico residente Dr. Acácio Pereira da Costa estava muito doente e pediu ajuda ao jovem Dr. Rafael Graça para o substituir. No princípio de Setembro o Dr Acácio faleceu e o Dr. Rafael Gagliardini Graça ficou…durante 52 anos. A sua morte deu-se a 25 de Março de 1982 num acidente de automóvel entre São Martinho do Porto e Caldas da Rainha para onde ia dar consulta. Teve 6 filhos , 2 dos quais morreram ainda bebés. Também nas Caldas da Rainha nasceram 8 netos, tendo o Dr. Graça feito o parto do 1º.neto. Já não teve a sorte de conhecer o seu mais novo que tem o seu nome. Ainda como descendentes tem 16 bisnetos e 3 trinetos.»
Maria da Conceição Castel-Branco Gagliardini Graça Torres e Maria Luísa Castel-Branco Gagliardini Graça Sines Fernandes
Maria da Conceição Almeida da Silva , que foi a Coordenadora das Comemorações, trabalhou com o Dr. Graça, que assistiu ao seu nascimento. Exercia a sua profissão como um sacerdócio… Muitas vezes ia a cavalo ver doentes nos casais da freguesia: S.Martinho; Serra da Pescaria; Casal Pardo; Casal Velho; Vale Maceira e Salir do Porto, onde não havia estradas. Saía de casa com 1 sanduíche no bolso e só voltava à noite. E se lhe perguntavam quanto lhe deviam pelo seu trabalho, muitas vezes respondia: «Quem lhe está a pedir dinheiro?».
Mário Manuel Félix Martins Pedro, em representação da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto evocou com muita saudade a figura do Grande Homem e Médico que foi o Dr. Graça, citando casos pessoais e o seu orgulho de, como Presidente da Junta, ter proposto o seu nome para uma Rua, o que veio a concretizar-se com o apoio da C.M.Alcobaça.
Um dos testemunhos mais sentidos (e em nossa opinião mais conseguidos como «voz do povo) foi o de Abílio Jacinto Luís, Presidente da Junta de Freguesia de Salir do Porto, não só como autor do depoimento inscrito no livro das Comemorações como também pelo discurso que proferiu no dia do descerramento do Memorial do Largo Vitorino Fróis no dia 25 de Agosto último.
…Contam-nos os mais velhos da nossa freguesia, que o Dr. Graça, quando chamado a tratar doentes cujas doenças eram fatais , muitas vezes se via este homem deixar cair do rosto algumas lágrimas por não poder fazer mais nada na defesa da vida dos seus doentes, que também eram seus amigos.
...O Dr.Graça foi de uma importância muito grande em toda esta zona, mas no que se refere à minha freguesia foi invulgar…numa época…. em que quase não existiam serviços de saúde .O Dr. Graça era(foi) um verdadeiro médico de família, pese embora este título (só) tivesse aparecido umas décadas depois.
O Engº. João Vicente, Marquês de Rio Maior refere as relações de amizade com o Dr. Rafael Gagliardini Graça que foi ,desde a sua chegada a São Martinho do Porto em 1931, o seu Médico e o de sua família, granjeando ao longo dos anos a maior estima de toda a Família que sempre o considerou uma pessoa notável, empenhada e amável. Refere também o envolvimento do Dr. Rafael Graça nas actividades da vila, como político e como associativista, nomeadamente como Presidente de Junta da Freguesia e Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários, Junta de Turismo e Grupo de Amigos de São Martinho do Porto.
Também o Dr.Luciano Ravara o recorda como um homem afável, de olhar penetrante e de uma paciência infinita, nunca dando a perceber que tinha pressa, que acorria às chamadas com a maior prontidão.
…Dedicou-se inteiramente ao serviço da comunidade local deslocando-se por montes e vales numa égua, não pensando em benesses ou louvarias como era próprio dos homens de bem do século passado.
O testemunho de seu neto, Rafael Galiardini Graça , fez juz ao nome que usa.
…Dele herdei o nome e suas histórias que toda a vida ouvi.
… Não o tendo conhecido, sempre fui habituado a ter pelo meu Avô uma profunda admiração e um profundo respeito.
O mundo está muito diferente….e até a medicina , actividade a qual o meu Avô se dedicava, é hoje praticada de forma radicalmente diferente do que aquela que o Dr.Rafael Gagliardini Graça praticava.
No entanto neste mundo de mudanças há coisas que permanecem: a coragem, a solidariedade, a nobreza, a integridade, o respeito pelas pessoas diferentes.
Estes valores, segundo os quais, me tenho esforçado por viver, nunca mudam.
…Estes valores foram-me ensinados pela minha família mais próxima ,naturalmente, mas o meu Avô é um dos pilares que a sustém.
É um pilar invisível daquilo que sou hoje.
Na qualidade de filha ,Maria Luísa Gaglardini Graça Sines Fernande, recordou com orgulho a vida familiar… tanto nos bons como nos maus momentos o seu Pai não dominava(os seus 4filhos) nem os descurava, mas educava-os dentro de profundos valores cristãos em união com a Mãe, mas respeitando-lhes as opções, a liberdade responsável.
Do meu Pai aprendi como se esquecia de si próprio e a estar sempre disponível para os outros, a qualquer hora do dia ou da noite.
…Viveu a vida sem guardar ódio a rancor a alguém movido apenas pela bondade.
…Do meu Pai aprendi…tantas coisas.
Que Deus me perdoe se não conseguir transmitir todos estes valores e exemplos como eles o mereciam. Obrigado pelos Pais que tive.
Como amigo da Família,Pedro Alvim, que usou da palavra na cerimónia de 25 de Agosto foi o dono do verbo ,que usou com elegância e brilho. O(s) seu(s) discurso(s) mereciam ambos publicação na íntegra. Na impossibilidade de o fazermos seguem-se alguns lampejos…
«São Martinho do Porto é terra de ventos. Têm-no confirmado nestes últimos dias.Com o tempo assim reforçam-se as amarrações e as âncoras…não vão os barcos rolar. Na baía , quem dela vive ou nela se diverte sabe do que falo. Dando-me conta, em acréscimo, da voz popular quando diz “que palavras leva-os vento”, decidi-me tomar as devidas precauções. O nosso querido homenageado não merece que as verdades que sobre ele se digam venham como os barcos desgovernados, a rolar e desfazer-se num qualquer areal de esquecimento. Dei-lhes uma âncora. Puz em escrito o que gostaria de vos dizer de viva voz. Sabemos assim onde elas estão. Ficam ancoradas e amarradas ao papel. Quem quiser, sempre poderá encontrar uma referência que se tenha feito, ou um valor que se tenha enaltecido e, quem sabe, talhar, talvez, novos rumos na sua vida. Gostava que assim pudesse acontecer. O Dr. Graça continuaria a fazer o bem sem olhar a quem, como sempre sucede quando há mérito incontestável e os presentes respeitam o passado e as suas memórias pensando no futuro.»
…
«A vida que o Dr.Graça nos ofereceu, situa-o, seguramente, no restrito número dos eleitos que atingem a mais digna dimensão a que um Homem pode ascender na valorização dos talento que lhe foram concedidos.
O Dr. Rafael Barata Gagliardini Graça legou-nos uma Obra e um Exemplo que o mundo de bem – Com São Martinho do Porto, num lugar de proa – sente a honra de enaltecer, por Justiça e de memorizar, por Gratidão»
Pessoa distinta, serena, impecável no porte, exemplar na educação; percebia-se que os desassossegos, a existirem, não se reflectiam no seu comportamento.
…Sei que como médico, se movia por valores, em que a pessoa estava no centro das suas preocupações, sendo nesse sentido, um homem SOCIAL, na leitura mais ampla do termo confiança, valor essencial para os pacientes.
…Associo-me , a Câmara Municipal associa-se à justa homenagem pública que é prestada ao Dr. Gagliardini Graça que será sempre olhado, no futuro, como uma REFERÊNCIA CÍVICA E HUMANA.
Dr.José Gonçalves Sapinho, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
Vamos terminar.
Ao longo da vida deste cidadão exemplar , que foi filho adoptivo de São Martinho do Porto, várias homenagens lhe foram feitas, nomeadamente com nomes de ruas e agora com um memorial numa das praças da vila.
Mais do que tudo isso, que é importante, o que perdura (e continuará a perdurar) é a memória de um ser humano de excepção.
Rafael Gagliardini Graça é dos homens que não morrem.
JERO
(Publicado em »O ALCOA» a quando centenário do seu nascimento 1906-2006)
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