sexta-feira, 28 de outubro de 2011

M 383 BONS DA BOLA

VETERANOS

GINÁSIO DE ALCOBAÇA, 2 SPORTING CLUB DE PORTUGAL, 2

A festa de homenagem a Lourenço abriu, como não podia deixar de ser, com um jogo de futebol.
No escalão de “Veteranos” como faz parte da tradição .
Muitas caras conhecidas e embora com alguns formatos arredondados mostraram que quem sabe nunca esquece.
Assim também os joelhos e as "cruzes" se esquecessem do "PDI"...

A equipa da casa não desiludiu e retribuindo a simpatia dos visitantes, que se tiveram de levantar bem cedo para estar em Alcobaça àquelas horas madrugadoras – o jogo começou às 11h00 – “deu a bola” aos lisboetas, que jogaram quase sempre no meio campo do Ginásio.
Os veteranos do Sporting podiam ter ganho por mais de 10 golos de diferença mas não o conseguiram.
 E estiveram em risco de perder.
 Se não fosse um árbitro anti-caseirão e um guarda-redes local colaboracionista tinham perdido por 2-0.
Mas também não ficaria bem aos locais, que acabaram por fechar o jogo com um resultado comercial, ou seja, um empate a duas bolas.
 Não perderam o “cliente” e o seu palmarés também não perdeu “pontos”.

Sob a arbitragem de Miguel Cavem, auxiliado por Emanuel Tomé e Horácio, as equipas alinharam:



Ginásio de Alcobaça:
(De início) Nuno, Zé Dias, Aníbal, Pinto, Zé Borrego, Victor Semião, António Carvalho, Jaime, David, Isqueiro e Jorge Vieira.
(Substituições) Jorge Carmo, Sérgio Francisco, Álvaro, Zé Pinhão, João Borrego, Zé Tó e Paulo Peça.

Marcadores dos golos: Isqueiro e João Borrego

Sporting Club de Portugal:
(De início) Melo, José Eduardo, Brito, Paiva, Fernando Mendes, Virgílio, Alberto, Freire, Edel, Oliveira Pinto e Craveiro.
(Substituições) João Almeida, Quicas, Sabugo, Victor Martins, Baptista, Pereirinha, José Carlos, Albino, Adriano e Mergulhão.

Marcadores: Pereira (g.p) e Martins.

Felizmente que as duas ambulâncias que estiveram de prevenção nas imediações do Estádio Municipal regressaram a quarteis sem terem sido utilizadas...

JERO

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

M 382 - AS ÁRVORES NEM SEMPRE MORREM DE PÉ...

AS ÁRVORES NEM SEMPRE MORREM DE PÉ…


Este velho carvalho foi deitado abaixo no Outono de 2011.
Depois de um longo e ardente Verão ,que entrou por Outubro adentro, as primeiras chuvas e ventanias que prenunciaram o próximo Inverno derrubaram o velho carvalho do “Casal Maria Dias”, nas proximidades de Turquel.
Este velho e imponente carvalho foi notícia em O ALCOA, no seu nº. 2060, de 12 de Junho de 2003, numa rubrica titulada “Clube de Caminheiros de Alcobaça”, que promovia o exercício físico e o conhecimento das belezas da região de Alcobaça.
Era também então referido o “Roteiro Cultural da Região de Alcobaça”, que exactamente num dos seus “capítulos” valorizava a paisagem e os passeios a pé.
No artigo do quinzenário de Alcobaça referia-se que esta espécie de carvalho chega a atingir 2.000 anos de existência e que a monumental espécie florestal da “Casal Maria Dias” remontaria aos tempos da batalha de Aljubarrota, o que significaria ter a provecta idade de 600 anos…
Era uma árvore frondosa com uma copa de cerca de 20 metros de diâmetro e que na sua base tinha um diâmetro que só quatro adultos de mãos dados poderiam abraçar.
Derrubado pelas intempéries deste Outono, que começa a ser agreste, o velho carvalho jaz agora ao nível do solo…a caminho do fim.


Vai no entanto ficar na nossa memória…


E aqui é difícil não recordar a maravilhosa representação de PALMIRA BASTOS na peça de teatro “As árvores morrem de pé”.
Nunca mais esqueci a cena magistral que fazia a plateia levantar-se num aplauso tremendo, capaz de fazer vir abaixo o teatro Monumental.
Aquela estatura meã e aparentemente frágil de Palmira Bastos, batendo vigorosamente com a bengala e sentenciando de forma loquaz: “Morta por dentro, mas de pé. De pé, como as árvores!”.
Aconteceu em 1966 e foi transmitido para milhões de telespectadores pela RTP.


Na vida real o que pode ficar de pé,vivo, com maior ou menor destaque, é o que ficar editado, registado ...para memória futura! 


Do carvalho, de que teriam brotado os primeiros ramos e folhas quando por ali perto  passaram os exércitos que se defrontaram com violência inaudita na cumeeira de Aljubarrota, irão restar por algum tempo folhas e ramos , que vão secar lentamente no Outono…das nossas vidas.
Mas a sua memória...aqui fica.


JERO


Fotos de Sara Susano em 2011 e  de JERO em 2003.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

M 381 RECORDANDO TOJU

Castelo de Alcobaça

Em 1147 o castelo reedificado por D. Afonso Henriques sobre as ruínas de uma fortaleza anterior. séc. 12 (final) / 13 (inícios) - D. Sancho I reconstroi o castelo destruído pelos mouros entre 1191 e 1195, para servir de defesa aos monges de Alcobaça e aos habitantes da zona, contra futuras incursões.


Em 1369 reforço do castelo com uma barbacã, por D. Frei João de Ornellas, Abade de Alcobaça, reedificação de uma torre caída e da muralha do lado do Mosteiro, para a qual é lançada finta. Em 1422 o castelo é muito danificado por abalo sísmico, sendo restaurado em 1424.

Em 1450 D. Frei Gonçalo Ferreira refaz a Torre de Menagem; Séc. 16, 1ª met. Carta sobre as obras que João de Castilho devia executar nas casas do castelo.
Em 1537, Carta do Cartdeal Infante a Pedro Videira, vedor do Mosteiro de Alcobaça, sobre a obra do castelo.

Em 1537, Carta do Cartdeal Infante a Pedro Videira, vedor do Mosteiro de Alcobaça, sobre a obra do castelo.
Em 1627 reparações no castelo, na torre destacada a E. funcionará a cadeia até ao terramoto de Em 1755 o castelo foi deliberadamente arrasado com autorização superior, no reinado de D. Maria II.


Em 1854 o castelo era considerado extinto nas actas da Câmara.Em 1940 aproveitamento da cisterna para depósito de distribuição de água potável à população 1952 / 1953 reconstrução da parede do castelo voltada ao mosteiro, a partir de uma descrição deixada por Frei Fortunato Boaventura.Planta irregular.





Subsiste parte da cortina de muralhas da primeira cerca, reforçada por 7 cubelos quadrangulares e por um torreão mais saliente, do lado O., virado para o Mosteiro. Uma torre albarrã destaca-se do lado E., entre o recinto e a barbacã de forma oval que o rodeava e que era reforçada, do lado O. por 4 cubelos, 2 deles de planta semicircular. Urbano. Sobre um morro com 69 m. de altura, junto à margem esquerda do Rio Baça, do lado NO. da povoação, dominando-a.


Arquitectura militar, românica, gótica. Castelo de montanha, de planta irregular, reforçado com cubelos, com torre albarrã a E., torre de menagem destacada e barbacã. Reforço tardio de um dos cubelos com escarpa. De origem árabe e reconstrução medieval, o castelo viveu ápocas complicadas entre a presença islâmica e a fixação cristã. Perdeu importância com a instalação do mosteiro na sua base, passando a funcionar como prisão.




A nomeação dos alcaides do castelo era prerrogativa dos Abades de Alcobaça.
O interior do recinto está soterrado com entulho até à altura das muralhas existentes;Segundo a equipa de arqueólogos o Castelo de Alcobaça foi uma prisão; a sua fundação dispersa-se entre as épocas visigótica, islâmica e cristã "a torre albarrã é de fundação islâmica".
Em 1956 dá-se a limpeza ao castelo e a área envolvente incluíndo caminhos de acesso, por ocasião da visita da Raínha Isabel de Inglaterra.


Coordenadas GPS: N39 33.027 W8 58.942


PUBLICADA POR TOJU EM FEVEREIRO DE 2008
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Recordando TOJU
um bom Amigo
e um grande Alcobacense.

JERO

sábado, 22 de outubro de 2011

M 380 FESTA DE HOMENAGEM E DE AMIZADE PROMOVIDA POR ALCOBACENSES

FESTA DE HOMENGAGEM A LOURENÇO

O futebol é de facto uma modalidade desportiva muito especial, que carrega ao longo dos anos amores e ódios que se complementam e que são responsáveis por fenómenos nem sempre perfeitamente explicáveis e entendíveis aos que vivem “fora deste jogo”…
O alcobacense João Matos Moura Lourenço, que foi um excelente futebolista nas décadas de 60 e 70 – oficialmente como jogador federado de 1961 até 1974 – foi homenageado na terra de sua naturalidade em 22 de Outubro de 2011.
 Ou seja, trinta e muitos anos depois de ter acabado a sua carreira de profissional de futebolista.
Pegamos no seu despretensioso discurso final de agradecimento que tem no entanto, na nossa opinião, alguns motivos para uma boa reflexão.
Lourenço, embora tenha sido sempre avançado, “defendeu-se” bem de algumas emoções, que sempre surgem quando se recordam familiares já desaparecidos.
E misturou frases brincalhonas com outras bem sérias.
Assumiu que em passado recente teve uma doença grave – linfoma no intestino – que em três meses lhe fez perder 17 kgs, tendo sido a sua filha mais nova informada pelo médico ,que o assistiu inicialmente, que as hipóteses de sobrevivência eram francamente reduzidas (15% de hipóteses de viver !!!).
Só muito mais tarde, e já em fase de evolução da doença “a seu favor”, foi informado deste diagnóstico inicial.
Em determinada fase da doença, cujo tratamento durou mais de um ano, foi contactado por amigos de Alcobaça (com o Álvaro Cabral, à frente, está claro, como amigo e também como sportinguista dos 4 costados) .
A doença de que sofria o Lourenço já era conhecida por alguns amigos mais íntimos e …”era preciso fazer alguma coisa”.
O Lourenço percebeu o “movimento de homenagem” que se estava a gerar e pensou para os seus botões:
"Talvez se lixem. Estão-me a preparar uma homenagem póstuma mas talvez eu apareça para me fazerem a tal homenagem ...ao vivo."
«E aqui estou. Têm que me aturar “presencialmente” e pronto para viver muitos e bons anos, pois estou “limpinho”. O meu médico e enfermeira confessaram-me que se houvesse muitos tipos como eu…iam para o desemprego!»
E depois perguntou.
- Mas fazerem-me uma homenagem a mim…porquê? O que é que eu fiz para merecer isto?
E aqui entra o fenómeno “futebol”.
O Lourenço foi um avançado-centro que fez os golos mais bonitos do seu tempo, que “levantaram” estádios de futebol.
 E depois marcou 4 golos ao Benfica no Estádio da Luz, com a camisola do Sporting.
E além desses 4 golos fez mais 138, num total de 219 jogos em Campeonatos Nacionais e Taças de Portugal.
E tornou-se um “ídolo” da bola, que perdurou e perdura, embora já tenha deixado de jogar de futebol há décadas.
Esta claro que em Alcobaça tem ainda afectos de diversos “escalões”: dos seus tempos de estudante e amigos da família.
Durante o almoço teve uma sala cheia e quando usou da palavra esteve muito bem na homenagem que fez a alguns velhos amigos.
Apreciámos muito a maneira como se referiu, entre outros, a João Morgado, ao Janita, ao Abílio Gavião,ao Artur Soares, ao José Crespo e ao Manuel Lemos, com quem fez questão de partilhar alguns "momentos de glória"num fim de tarde de grandes emoções.
Foi um final à campeão.
Até um dia destes, João.
E recebe um abraço do
JERO/DCR
(Defesa Central Reformado)


Legendas das fotos:
1ª.foto - Lourenço com a sua camisola do Ginásio de Alcobaça.
2ª.foto - Lourenço com a sua camisola do Sporting Club de Portugal.
3ª.foto - Da esq. para a direita: Lourenço, Manuel Lemos, Abílio Gavião, Janita e Álvaro Cabral. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

M 379 CAPUCHOS

CAPUCHOS

O Concílio de Trento termina em 1563 ,após dezoito anos de trabalho com algumas interrupções.
Em 1566 o Comendatário D. Henrique trás para os Coutos Franciscanos, Capuchinhos, e instala-os na encosta de Chiqueda onde constroem um primeiro Convento dedicado a Santa Maria Madalena, reedificando-o no mesmo local em 1639.
Os Decretos do Concílio chegam às mãos do Abade Comendatário, Cardeal D.Henrique, em 1564 e nele se determinaram alterações profundas na liturgia e nos procedimentos até aí adoptados.
A eucaristia irá a partir desta data ter um lugar primordial na Igreja e com ela serão exigidos novos símbolos para o ritual da missa. Custódias , tabernáculos e novos altares serão fabricados para o serviço de Deus e grandeza do seu povo.
Os camponeses dos Coutos poderão a partir de agora, embora com restrições, assistir às missas na Igreja do Mosteiro.
A Cerca de Dentro já não se inicia na Porta de Fora, todo o limite poente é agora a fachada do Mosteiro.
O Palácio Abacial e a Portaria, o muro do Claustro virado a Este e a fachada simples da Igreja , ainda sem Torres Sineiras é o limite monástico. Haveria provavelmente um sino dirigido ao povo numa torre que a arqueologia parece aceitar “encostada” à Sala dos Reis, antes desta existir.
 Mas não há certezas cronológicas, por enquanto.
Os Capuchos são uma Ordem Mendicante que exerce o seu trabalho no terreno, apoiando corpos e almas, Cister é uma Ordem contemplativa interior.
 Até então o exercício do apostolado nos Coutos é feito pelas paróquias.
Terá o Cardeal pensado que os Capuchinhos poderiam ajudar nos cuidados com os crentes ?
Na enfermaria nova de Alcobaça há lugar cativo para os doentes capuchos sem distinção para com os cistercienses .

Os franciscanos têm dois ramos, os conventuais e os observantes , e é destes últimos que derivam os capuchinhos, monges de vida claustral, penitentes rigorosos mas prosélitos da palavra de Deus.


 A Igreja do Convento a  que hoje vanos, tem raizes em 1639 e foi vandalizado durante dezenas de anos no sec. XIX após a extinção das Ordens.


Hoje ,na posse de particulares que o estimam, tem o figurino habitual dos franciscanos, pátio e galilé com três arcos. No seu interior havia um importante acervo de azulejos de tapete que desapareceu.

Rui Rasquilho

domingo, 16 de outubro de 2011

M 378 SINAIS BARROCOS NO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA

APONTAMENTOS BARROCOS
Entre 1545 e 1563 realizou-se o Concílio de Trento convocado pelo Pontífice Paulo III.
O Santo Padre decidiu que era tempo de “condenar os erros, eliminar os abusos e restabelecer a paz e a unidade do povo cristão.”
Um século depois irrompe em toda a Europa um estilo novo, o barroco dirigido aos sentidos através de modelos de pomposa teatralidade.
A festa da vitória sobre as ideias protestantes, que haviam rompido a hegemonia católica, consolida-se.

A fachada da Igreja do Mosteiro de Alcobaça erguida entre 1702 e 1725, precedida de várias escadarias que dão acesso a diversos patins que prolongam para o exterior as três naves góticas da Igreja, assumiu o limite da teatralidade, durante as diversas recepções reais dos séculos XVIII e XIX onde o cenóbio e as autoridades civis e militares da vila esperavam as visitas ilustres presenciadas pelo povo.
Nos palácios alinhavam pelas escadarias os alabardeiros num ritual de cerimónia que ainda hoje se usa à entrada dos banquetes oficiais do Palácio da Ajuda, embora aqui as escadarias sejam interiores não servindo por isso a admiração popular.
No Mosteiro de Alcobaça o primeiro sinal barroco é dado por ordem de Frei Constantino de Sampaio, que construirá o Retrato do Céu, a Capela das Relíquias, entre 1669 e 1672 no tempo do seu abaciato trienal.
Três anos depois, durante o primeiro triénio de Frei Sebastião Sotto Mayor (1675-1678 ) o altar-mor da Igreja recebe um novo retábulo, recheado de colunas e parapeitos onde foram colocadas esculturas colossais em barro cozido dourado e policromado de Papas cistercienses, Abades cruciais da Ordem e anjos músicos, entre outras importantes estátuas, estas em madeira policromada.
Na antiga Capela de S.Vicente de novo o Abade Frei Sotto Mayor deu início ao retábulo do trânsito de S.Bernardo no ano de 1687 no começo do seu segundo triénio.
Na última visita real ao Mosteiro cisterciense a fachada serviu gloriosamente de cenário à festa da chegada do Rei absoluto D.Miguel, que nas escadarias se mostrou à aclamação do povo.
A Igreja derrota os reformadores em Trento e mais tarde o barroco, dá-lhe um rosto novo do qual o poder político se serviu legitimamente tanto mais que os reis,até à prevalência constitucional ,detinham o trono por vontade divina e aclamação em cortes.
A nova Igreja tridentina influencia também a Ordem de Cister, que agora com os seus momentos litúrgicos abertos com parcimónia aos crentes, lhes oferecerá a emoção das imagens nos altares e a comovente representação da morte de S.Bernardo no esplendor do ouro , da cor e da representação da vida em trânsito.


Rui Rasquilho





sábado, 15 de outubro de 2011

M 377 - "O MEU AVÔ ESCREVE LIVROS"

« O Avô escreve livros»




Quem o sugere num desenho que me ofereceu é o meu neto Pedro, cuja opinião é muito importante para mim.
O meu Pedro aproxima-se dos 10 anos de idade – se Deus quiser cumprirá esse marco histórico já no próximo mês de Novembro – e é um rapaz invulgarmente precoce e com siso.
Esteve na festa do lançamento do meu 3º. Livro, assim como a sua prima Mariana, que com menos 4 anos terá tido uma “leitura “um pouco diferente do tema já que uma hora e tal de conversa terá sido para ela um bocado de “seca”…para não dizer mais.


Para quem se escreve livros?


Agora mais a frio e controladas que estão as emoções do lançamento do meu livro “Alcobaça é comigo” julgo poder dizer que no princípio e no fim se escrevem livros - pelo menos, um livro deste tipo –para o próprio.
Depois a nossa mensagem sobreleva-nos e paira algum no tempo – no tempo – até chegar a outros destinatários.
Na apresentação do livro vi nitidamente, na distância do tempo, o miúdo que fui aos 3 anos, quando comia pão quente das mãos calejadas do “Ti Luís Padeiro, o miúdo de 5 anos quando, pela mão da minha mãe, assisti aos festejos do final de 2ª. grande guerra mundial, o rapaz espigadote que aos 15 anos andava – e por vezes estudava - no Colégio do Dr.Cabrita, etc..
E aos 17 quando ouvia do meu parente Zé Moita as suas viagens pela Europa, e do sr.Carlos Epifânio –na barbearia do meu pai – as suas infindáveis e ,a maior parte das vezes, irreproduzíveis histórias de vida.
E depois aos 30...
aos 40...
aos 50...
e aos 60 anos…
E, finalmente, já como avô, a caminhar veloz e, às vezes, vigorosamente para os 70 anos.
Para acabar, e mais uma vez a pensar nos meus netos ,tenho a noção que escrever livros é importante.
 Mas, mais importante ainda, é ter amigos, bons amigos.
 E muitos estiveram perto de mim e com certeza que olharam com bons olhos os meus netos , o que tem para mim muita importância.
Amigos de outras idades e de outros tempos que foram chegando à minha vida …ao longo da vida.

Tenho fotografias que comprovam tempos diferentes :
separadas por quase meio século .
 Curiosamente tem a ver com lançamento de livros :
 o 1º. em Binta, norte da Guiné, em Setembro de 1965
 e o 3º em Alcobaça, em Outubro de 2011.
A preto e branco o Furriel Oliveira e o Capitão Tomé Pinto
 e a cores o JERO
 e o Ten.General Tomé Pinto.
Os mesmos em dois tempos.
Em "estado novo"
e
46 anos depois.

 

As voltas que o mundo dá!


Avô
(que escreve livros)









quarta-feira, 5 de outubro de 2011

N 376 - DE FOTÓGRAFO (...) E DE LOUCO...

DE FOTÓGRAFO (...) E DE LOUCO TODOS TEMOS UM POUCO...

Com o aparecimento das novas máquinas fotográficas qualquer um é fotógrafo.
Está claro que também estou "apanhado", tendo a vantagem em relação aos mais novos de agora não ter que gastar 5 contos( 5.000$00), quando mandava revelar um rolo de 24 fotografias...
E 5 mil escudos, que em euros são  agora 25 - tinham um poder de compra bem diferente!
Para meu gozo pessoal e em nome desse velhos tempos seguem-se algumas "provas" dos novos tempos.
Está feito. E de borla...
JERO

sábado, 1 de outubro de 2011

M 375 - VAMOS AJUDAR A RITINHA

PARABÉNS RITINHA

Rita Pimenta, uma menina especial, é aluna da Escola Frei António Brandão na Benedita, e fez 15 anos a 21 de Setembro. E nesse dia do seu aniversário tive a fortuna de estar lá… com ela e com várias pessoas muito importantes na sua vida.
Clara Silva, sua mãe; Vanda Marques, que lhe conta histórias e a faz sorrir; Sónia Pedro, sua professora de educação especial; e Adélia Pires, funcionária da escola e quase sua segunda mãe.
Ritinha, como todos a tratam, adora ouvir música, mas não gosta muito nem de Língua Portuguesa nem de Matemática.
Tem um programa especial no “seu” computador, que é importante na sua rotina diária. Já identifica o seu nome e na matemática gosta especialmente do número «15»!
Tem ainda aulas de expressão motora, expressão plástica e expressão musical, frequenta o atelier de artes e tem terapia de sala, com base num protocolo com o CEERIA.
Em Leiria fisioterapia e hidroterapia , em regime particular.
Da mãe recebeu ainda na escola uma boneca como prenda, que não atraiu a sua atenção. Porque não tirava os olhos da mãe. Quando minutos depois, a mãe teve que sair, Ritinha chamou por ela vezes sem conta.
A sua turma aceita-a muito bem: “Foi uma mais valia não só para ela como para todos”, declara Sónia Pedro, que acrescenta:
 “A escola no fundo também é isso. Formar pessoas e contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e social.
 E as pessoas formam-se na diferença”.
Em casa, tem a companhia de dois irmãos – a Inês, de 12 anos, e o Simão, de 6 – que a adoram.
Como é que o sorriso de uma menina tão frágil pode preencher tanto a vida, a alma das pessoas que lhe estão por perto!?
Ritinha vai ser submetida a uma operação à coluna em breve, no Hospital Dona Estefânia, pelo cirurgião alcobacense João Campagnolo. Depois, vai precisar de uma nova cadeira de rodas, com um custo de oito mil euros. E aqui começam as dificuldades… que só podem ser ultrapassadas com a solidariedade e ajuda dos que forem sensíveis a esta extraordinária história de vida.
Para que a Ritinha possa continuar a sorrir à vida!
JERO


21.Setembro.2011