quarta-feira, 7 de abril de 2010

M 227- A LIBERDADE















O MEU HINO À LIBERDADE


Deixa-me escrever-te um poema,
Que tenha por tema
A liberdade.
Porque sabes,
Eu sou livre e sou alegre,
Sou teimoso, obstinado,
Corajoso, apaixonado,
Defeituoso e sem jeito,
Mas trago dentro do peito
Esta minha liberdade.
Que é cantar, como os cantores,
Sem jamais saber cantar,
Escrever como os escritores,
Sem nunca saber escrever,
Ensinar como os Doutores,
Sem nunca ter de aprender,
Fugir e ser soldado,
Apenas porque se quer,
Olhar e ser olhado,
Sempre que a gente quiser,
Ser homem e ser mulher,
Sem nunca estar acabado,
Partir pelo mundo fora,
Sem nunca daqui ter saído,
Ter saudades de partir,
Sem nunca aqui ter chegado,
Passar uma vida a rir,
Sem ter razões para ter rido,
Olhar para o mundo
E dizer:
Esta é a minha vontade,
O meu voto mais profundo,
O meu hino
À liberdade...

Monte Real, 7 de Abril de 2010
Joaquim Mexia Alves

61 anos depois de 7 de Abril 1949

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2 comentários:

  1. Que boito! É este hino
    Escrito em forma de poema
    Com a liberdade eu atino
    Quem não a tem, sofre pena

    Liberdade, linda, bela
    Que devemos preservar
    Quando ficamos sem ela
    É que apetece chorar

    Quanta gente nunca a viu
    Porque vive em ditadura
    Nem tão pouco a sentiu
    Se a democracia é dura.

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  2. meu caro amigo Jero

    Que dizer-te, para além de um muito sincero obrigado, pela tua companhia no dia 6!

    Um abraço muito amigo do
    Joaquim Mexia Alves

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