domingo, 7 de fevereiro de 2010

M182-O CENTRO E O NADA


O Centro e o Nada

Aparentemente/o nada é … nada/quer dizer/não existe não tem densidade não tem massa/não tem peso nem espaço nem volume/ não tem cor nem cheiro

Insisto/aparentemente nada é nada/ com nada é impossível construir casas semear trigo/colher cerejas fazer um filho ir á lua/ com o nada ninguém ri ninguém chora ninguém grita/de dor ou de prazer

O nada não é pão nem espada nem ternura/ nada em absoluto não existe/nada é um ponto/nada é o centro imaterial arbitrariamente ocupado/pelo espaço em redor

O nada é o centro/um território tão vasto como o infinito/um território tão vasto como o sonho/ cientistas e poetas que me expliquem o nada e o centro/ que me expliquem aquilo que em vão buscarás/ até ao último folgo

Monte Real, 27.01.10

José Brás/ Ex-Furriel Milº. da C.Caç. 1622

Aldeia Formosa-Guiné

1966/68

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