Em Março de 2006, publiquei um artigo em que afirmei que o petróleo do Oeste é: as praias; a costa atlântica; o Mosteiro de Alcobaça; o Hospital Oeste Norte (decisão de localização até final de Fevereiro, depois da resolução do Conselho de Ministros de 28 de Agosto de 2008 o ter integrado como primeiro projecto do plano de acção do Oeste, investimento de cerca de 100 milhões de euros); o complexo termal de Caldas da Rainha; o pinhal de Leiria; Óbidos; a maçã de Alcobaça; a pêra rocha, o parque nacional da maçã (a criar na mata nacional do Vimeiro; o via Alcoamare (comboio eléctrico de Alcobaça a Nazaré, sobre o leito do rio Alcoa, o parque dos monges (de que já se fala há largos anos); a centralidade face a 50% da população portuguesa, o nosso clima, a beleza paisagística e a dinâmica empreendedora dos Oestinos.
Se estes projectos forem ao terreno até 2013 é possível imaginar 3 milhões de visitantes / ano no concelho de Alcobaça, ou seja o mais visitado do Oeste. O nosso potencial turístico é superior a Óbidos, ouvi de um alto responsável do turismo do Oeste. Viver não custa é preciso é saber. Aos actuais autarcas só lhe resta reinventar a modelo de gestão autárquica, convertendo problemas em oportunidades e assim, percorrer o caminho do futuro, passo a passo, com elevada competência e visão estratégica.
Alcobaça precisa de preparar o previsível impacto concorrencial e atracção comercial provocada pela abertura, no final de Março, do Shopping Leiria Continente. O www.alcobacacistercampus é um verdadeiro contraponto no sentido inverso.
Os fregueses merecem e têm o direito ao melhor. Se não sabem procurem saber, leiam muito, estudem e pesquisem na Internet. Está tudo lá e em projectos implementados, noutros concelhos, cidades e países (é o benchmarking, ao serviço da procura das boas práticas).
Há petróleo em Alcobaça, onde?
No Mosteiro e no Alcobaça Cister Campus (a criar como um parque temático de Cister e da História de Portugal (assim o Mosteiro fará parte da solução e não parte do problema. Está ao nosso alcance realizar este sonho de termos o melhor parque temático do passado histórico, desde o séc. III A.C., em Alcobaça. Ficará como pólo de atracção de turismo interno e internacional de referência e de passagem obrigatória para todos os portugueses e visitantes que na busca do seu enriquecimento cultural ocupando os tempos de lazer com a máxima de fruição, diversão e prazer.
Na Maçã de Alcobaça, com um volume de negócios superior a 100 milhões de euros//ano, envolvendo mais 10 000 postos de trabalho directos e indirectos, (tempo completo e actividade sazonal).
Costumo afirmar que a maçã de Alcobaça é melhor que o petróleo, dela pode derivar quase tudo (sumos de alta qualidade, sem aditivos e conservantes, pizza de Alcobaça; Pão-de-ló de Alcobaça; maçã cozida em lata para aplicação culinária e doçaria, pão de maçã, bolinhos de maçã; bolachas de maçã, leite com maçã, iogurte de maçã, “manteiga” de maça; puré de maçã; álcool (bio etanol) para mover motores, etc. …
Os alunos da escola de química “ Oundle Prince Willam”em Bruntingthorpe, no Reino Unido, estão a desenvolver uma moto movida a maçã. Em quatros meses de trabalho obtiveram bons “frutos” os primeiros testes realizados registaram uma velocidade de 254Km/hora.
Será que poderíamos encontrar forma de promover maçã de Alcobaça, deliciosa e altamente promotora da saúde, fazendo alimentar o autocarro do circuito urbano de Alcobaça a bio etanol produzido a partir da fermentação da matéria-prima: maçã de Alcobaça ou dos produtos residuais das nossas estações fruteiras? Basta transformar o seu motor para bio etanol. Então poderíamos publicitar com grande propriedade: viatura movida a maçã de Alcobaça. Fica o desafio para o executivo municipal, produtores de maçã de Alcobaça e a rodoviária do Tejo.
Então, podemos afirmar que estas alavancas são potenciais poços de petróleo. Assim, o saibam perceber os nossos autarcas, empreendedores e todos os fregueses que querem ver Alcobaça Cidade da Maçã na rota do turismo e na exploração de todas as suas potencialidade, capazes de provocar o aumento da cadeia de valor e criação de riqueza local, regional e nacional e por essa via mais qualidade de vida para todos, desafiando e construindo o nosso futuro colectivo.
José Marques, Freguês de Benedita, 2010-02-06 In “Tinta Fresca” |
Eu há dias que também escrevo coisas sem nexo...
ResponderEliminarNão tenho nada contra o José Serralheiro, mas custa-me ver que alguém na sua posição ainda escreva coisas tão mal fundamentadas e irrealistas...
Por exemplo, então vamos ter autocarros a Maçãs? Uma coisas são protótipos, outra são coisas na sua edição comercial. É possível sim, como é possível termos veículos a energia solar, mas não são viáveis. Provavelmente para alimentar este autocarro a maçãs precisaríamos de todo o concelho a produzir maçãs exclusivamente para isso...
Sobre o eléctrico entre Alcobaça e Nazaré, qual a sua viabilidade? Alcobaça e Nazaré com os seus menos de 10.000 habitantes?! Ninguém vai da Vestiaria de carro para Alcobaça para apanhar o electrico... Vai logo de carro para a Nazaré...
Quanto aos 3 000 000 de turistas, bom isso é comparar o concelho a todo o Algarve. Olhando para as infra-estruturas do Algarve e para as nossas... E não temos nem as praias nem o clima do Algarve, e o turismo cultural infelizmente não movimenta tanta gente.
Enfim, acredito que o nosso potencial está muito sub-aproveitado, mas não vamos sonhar também demasiado alto...
Cumps,
Mário Bernardes
Concordo com o que disse o Mário e acrescento; mesmo embarcando nesta utopia da maçã como combustível temos de ver que seria um combustível em que a combustão seria obviamente necessária, então não é que estamos a tentar erradicar para energias ditas limpas? Bom por ai acho que não vamos lá, todos os projectos credíveis hoje em dia tem como objectivo 0% de emissões de carbono para a atmosfera. A maçã é sem dúvida uma potencialidade do nosso concelho para continuar a explorar, mas na minha opinião não desta maneira.
ResponderEliminarOs tempos não estão faceis temos de ter muito cuidado com os investimentos....