O Mosaico de Cós
Abril de 1902, o sr. Joaquim Neto Pires inicia a plantação de uma vinha em Pedrógão, na freguesia de Cós. Escondido sob a terra , que se esperava viesse a dar bom vinho, aparece aos poucos um piso de mosaico romano.
Manuel Vieira Natividade foi alertado pelo Pároco do Valado dos Frades. Imagino-o a desejar resgatá-lo aos séculos e a transportá-lo para o seu sonho impossível, o Museu de Alcobaça arquitectado ao longo das suas descobertas arqueológicas no final do Sec. XIX no Carvalhal.
Neto Pires fez o seu preço mas o negócio não se fez e, de urgência, vem a mando de Leite de Vasconcelos, Director do Museu Etnológico Português, um técnico para ver o mosaico.
Cinco dias após haver sido prevenido por Natividade Leite de Vasconcelos vem a Alcobaça para analisar o sítio arqueológico.
A solução que propõe desde logo seria a da classificação e subsequente expropriação do terreno e conservar o mosaico no seu local de origem devidamente protegido.
O tempo burocrático tornava-se um risco para o mosaico, por isso, com os protestos de Manuel Vieira Natividade 144 caixas serão embarcadas na Estação do Valado par Belém onde chegam a 6 de Janeiro de 1903, em dois “wagons” de mercadorias. A linha do Oeste romanizava-se daí que ainda hoje não esteja electrificada.
Brincadeira à parte diga-se que no período de quase um ano entre o achado e a transferência, o mosaico, que esteve meses perante o público na Sala dos Reis do Mosteiro, foi tratado e desenhado de acordo com os bons princípios técnicos disponíveis há cem anos.
O mosaico apresenta motivos florais geométricos e outros axadrezados “envolvendo” um centro com uma cabeça envolvida por uma roseta.
O Município de Alcobaça entendeu, quando da exposição na Sala dos Reis, mandar fazer uma réplica do mosaico que irá ficar próximo do local original como elemento pedagógico.
Muito proximamente e da qual se encarregou Carlos Beloto
O reproduzido é apenas uma parte do grande mosaico pois no próprio Museu terão “desaparecido” várias caixas da carga original que um dia por certo se encontrarão.
Rui Rasquilho
Abril de 1902, o sr. Joaquim Neto Pires inicia a plantação de uma vinha em Pedrógão, na freguesia de Cós. Escondido sob a terra , que se esperava viesse a dar bom vinho, aparece aos poucos um piso de mosaico romano.
Manuel Vieira Natividade foi alertado pelo Pároco do Valado dos Frades. Imagino-o a desejar resgatá-lo aos séculos e a transportá-lo para o seu sonho impossível, o Museu de Alcobaça arquitectado ao longo das suas descobertas arqueológicas no final do Sec. XIX no Carvalhal.
Neto Pires fez o seu preço mas o negócio não se fez e, de urgência, vem a mando de Leite de Vasconcelos, Director do Museu Etnológico Português, um técnico para ver o mosaico.
Cinco dias após haver sido prevenido por Natividade Leite de Vasconcelos vem a Alcobaça para analisar o sítio arqueológico.
A solução que propõe desde logo seria a da classificação e subsequente expropriação do terreno e conservar o mosaico no seu local de origem devidamente protegido.
O tempo burocrático tornava-se um risco para o mosaico, por isso, com os protestos de Manuel Vieira Natividade 144 caixas serão embarcadas na Estação do Valado par Belém onde chegam a 6 de Janeiro de 1903, em dois “wagons” de mercadorias. A linha do Oeste romanizava-se daí que ainda hoje não esteja electrificada.
Brincadeira à parte diga-se que no período de quase um ano entre o achado e a transferência, o mosaico, que esteve meses perante o público na Sala dos Reis do Mosteiro, foi tratado e desenhado de acordo com os bons princípios técnicos disponíveis há cem anos.
O mosaico apresenta motivos florais geométricos e outros axadrezados “envolvendo” um centro com uma cabeça envolvida por uma roseta.
O Município de Alcobaça entendeu, quando da exposição na Sala dos Reis, mandar fazer uma réplica do mosaico que irá ficar próximo do local original como elemento pedagógico.
Muito proximamente e da qual se encarregou Carlos Beloto
O reproduzido é apenas uma parte do grande mosaico pois no próprio Museu terão “desaparecido” várias caixas da carga original que um dia por certo se encontrarão.
Rui Rasquilho
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