Aprende-se sempre alguma coisa quando se vai ao CEERIA…
No passado dia 3 de Dezembro a Instituição celebrou o 34º. Aniversário da sua fundação.
Houve direito a bolo de anos, com as respectivas velas, e cantou-se “os parabéns a você”.
Antes e depois do “bolo” registaram-se alguns testemunhos que valerá a pena recordar.Estiveram no palacete “cor de rosa” ao cimo da Rua do Castelo, em Alcobaça, representantes da Câmara Municipal. A vereadora Mónica Batista, e o seu assessor Júlio Moura, distribuíram simpatia e levaram prendas para o CEERIA.
Tiveram agradecimentos e alguns pedidos. Que ficaram em “pendentes”…José Ferreira Belo, Presidente da Direcção do CEERIA, tem o verbo fácil e acertado (ou não fosse na “vida civil” advogado e professor…) e não deixou passar a oportunidade sem dizer algumas verdades. Que não podem ser ignoradas.
«Ser pessoa com deficiência já não é um anátema mas…está muita coisa por fazer. Nos últimos tempos constroem-se vilas e cidades para os automóveis e não para as pessoas. Todas as garagens têm os passeios rebaixados para facilitar a entrada e saída das viaturas. Mas o mesmo já não acontece nas passadeiras para peões. Quem tiver que se deslocar em cadeira de rodas não tem a vida facilitada. Quando em Alcobaça se chega à zona histórica, frente ao Mosteiro, as barreiras arquitectónicas existentes são ainda mais difíceis de ultrapassar.»José Ferreira Belo “não dá ponto sem nó” e teve consigo, para reforçar o seu discurso, dois jovens universitários (de 19 anos) que, quando ainda frequentavam o 12º. Ano, fizeram um trabalho na área de projecto exactamente sobre “Acessibilidades & Deficiência Motora”.
Carlos Filipe e Fábio Monteiro contaram a sua experiência que incluiu até deslocações em cadeiras de rodas! Não foi só teoria mas também prática. O grupo do 12º. LHA (de que ainda faziam parte Bernardo Moura, Emanuel Boarqueiro e Pedro Oliveira) comprovou a necessidade de sensibilização da sociedade para o tipo de problemas que pessoas, como os utentes do CEERIA, deparam no seu dia a dia.
«As maiores barreiras não são as arquitectónicas mas sim a falta de informação e os preconceitos que ainda existem relativamente a este assunto»
A Vereadora Mónica Batista ouviu atentamente e reconheceu que as diferenças vão continuar. Admitiu ainda que quanto às acessibilidades haverá que mudar quase tudo.
Quando? Não disse.«Não se pode fazer num ano o que não se fez em muitos anos..».
Mas falou com esperança e entusiasmo num protocolo (ALCOBAÇA COMIGO) que poderá alterar alguma coisa…
Haverá que sensibilizar a sociedade e começar por algum lado, dizemos nós.
Porque não começar por melhorar as passadeiras para os peões?
O CEERIA merece. E Alcobaça e o seu Concelho também.
Aprende-se sempre alguma coisa quando se vai ao CEERIA…
JERO
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