quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

M - 398 UMA MEMORÁVEL CAPICUA D 'O ALCOA

O ALCOA” COMPLETOU 66 ANOS

RECORDANDO O Nº. 1 DE 27 DE DEZEMBRO DE 1945
Ontem, dia 27 de Dezembro, o Jornal “ O ALCOA” completou 66 anos de existência. Acompanhámos o longo dia da execução do seu nº. 2274, que vai amanhã chegar aos seus assinantes. E também às bancas.
Quando às 6 da madrugada saímos da redacção a caminho de casa muitas memórias nos assaltaram. Uma escritas, que damos à estampa seguidamente, e outras em forma de "filme" que nos ficaram na mente – num arquivo mental – que sentimos ali,na almofada, antes de conseguirmos adormecer.
Memórias escritas

No seu número 1 do ANO I o Director João Maria de Sousa e Brito escrevia “uma carta de intenções” que tinha como título “Romper da Marcha…” .
Entre vários considerandos referia O Engº.João Brito que “…Rompemos a marcha animados dessa esperança compreensiva que alenta os bem intencionados, proporcionando à nossa região um órgão informativo de segura utilidade, para o seu progressivo desenvolvimento.
…No nosso jornal hão há lugares para ressentimentos ou más vontades, trabalhamos por Alcobaça…
…As nossas colunas não suportam questões pessoais, fora do interesse regional mas, são suficientemente fortes para acolherem todas as iniciativas construtivas que promovam o desenvolvimento da nossa terra e abram novos horizontes e novos rumos”.
Ao longo de sessenta e seis anos “O ALCOA”manteve esses princípios que sempre nortearam os seus responsáveis.
Do seu primeiro número em 27 de Dezembro de 1945 até ao jornal de amanhã - 29 de Dezembro de 2011 - “O ALCOA” já teve seis Directores, que foram responsáveis por 2.274 números.
O jornal arrancou com edições de 300 exemplares semanais com 4 páginas. “O ALCOA” era impresso na Tipografia de “O Almonda”, em Torres Novas. E manteve-se como “semanário” até inícios de 1972.
Em 26 de Fevereiro de 1972 passou a quinzenário sobre a Direcção do Dr. Mário Vazão, que desempenhou essas funções até meados do ano em curso ( mais de 39 anos).
Estabeleceu um recorde difícil de igualar.
Os seus antecessores foram o já referido Engº. João Brito (16 anos e 7 meses), o Padre Luís da Costa(1 ano e meio), Tarcísio Trindade(6 anos e 9 meses) e Adélio Maranhão(10 meses).
A partir de Março do ano em curso assumiu as funções de Directora a Drª. Ana Maria Caldeira, sendo Coordenador Geral o Padre Carlos Jorge Vicente.
Quanto a “cabeçalhos” já houve nove diferentes até hoje.
Nos seus 16 anos de direcção o Engº. João Brito alterou 4 vezes o cabeçalho e Mário Vazão duas. Tarcísio Trindade e Adélio Maranhão mudaram uma vez cada. Na actual direcção já se registou uma mudança de imagem.
Os colaboradores “residentes” e os correspondentes contam-se por dezenas ao longo da vida do jornal. Os assinantes que vivem no estrangeiro “devoram” cada linha que é escrita pelo correspondente da sua terra.
Os trabalhadores da redacção foram sempre (e são) a face solícita e afectuosa do jornal no contacto com os seus assinantes.
Muitas pessoas edificaram (e consolidaram) O ALCOA durante todos estes anos.
Nos primeiros tempos do Jornal o Padre Manuel Vitorino foi,na sombra, o homem forte que consolidou as frágeis “paredes” de um semanário com um frágil orçamento.
Sem ele talvez “O Alcoa” não tivesse chegado aos nossos dias.
Na década de setenta o Padre Alexandre Siopa foi também pedra fundamental na recuperação do jornal, então a viver com muitas dificuldades financeiras.
E depois as tipografias (melhor dizendo os seus responsáveis) e os tipógrafos que também vestiram a camisola do jornal.

Outras Memórias
Num arquivo mental, em forma de imagens, recordo especialmente os primeiros tempos em que visitava timidamente a residência do Padre Vitorino na Rua David da Fonseca, à Fonte Nova, para entregar os meus primeiros artigos. Residência que era também a “redacção” do jornal. Tinha 18 anos e a minha colaboração dizia respeito a artigos sobre desporto e passado algum tempo tive a honra de ter a meu cargo a “Página Desportiva”.O meu primeiro artigo, por lapso da tipografia, saiu assinado por “GERO”.Depois durante cerca de 2 anos, até ingressar na vida militar, o JERO fez crónicas desportivas inspiradas nos mestres do jornal “A Bola”.
Depois vieram outros tempos e outras responsabilidades.
Do tempo das malas, com notícias às 3ªs. e às 5ªs. feiras, enviadas pelas carreiras da Rodoviária Nacional para Rio Maior até à actualidade. Em que o jornal é feito na Redacção, no nº. 8 da Rua Miguel Bombarda, em Alcobaça, e enviado em “Pdf’s” para a tipografia .Onde é impresso durante a noite e enviado de volta para o “mundo” d’ O ALCOA...no dia seguinte.


O balanço do desempenho dos responsáveis pelo jornal é feito (será sempre feito) pelos leitores.


Sessenta e seis anos depois do artigo de abertura do Engº. João Maria de Sousa Brito o meu agradecimento como alcobacense aos que CONTINUAM A MARCHA…


E seguem-se algumas fotos da noite memorável de 27 de Dezembro de 2011.


JERO

As jornalistas Sara Susano e Sara Vieira


Revisor Afonso Luís











Paula Malojo e sua sobrinha Mariana(Revisoras)

Coordenador-Geral P.Carlos Jorge

A paginadora Andreia Silvano
Finalmente o fecho.Ana Caldeira, Sara Vieira,J. Eduardo Oliveira e Andreia Silvano.Foto de Sara Susano.

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