quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

M - 390 CEERIA FESTEJA TRINTA E CINCO ANOS

35 ANOS DE CEERIA

GALA COM QUALIDADE MAIOR no dia internacional da pessoa com deficiência
Começou a 3 de Dezembro e acabou a 4…
Já passava da uma da manhã quando numa das salas do 1º.piso do Cine-Teatro se cortou o bolo da “Carla” ,feito especialmente para comemorar o aniversário do CEERIA.




Minutos antes toda a equipa, toda a “família” do CEERIA tinha cantado no palco o hino da Instituição.
«Canta Ceeria, canta/Se és diferente, eu sou também/
Canta Ceeria, canta/Todos juntos seremos alguém»
É difícil resumir o que se passou nesta “Gala” de mais de 3 horas de duração. E uma das dificuldades é escrever contendo a emoção desta “gala”, que não foi mais do que a história de uma “luta” de 35 anos pela inclusão.Com muitos testemunhos, com muitas histórias de vida.
«Corria o mês de Dezembro de 1976.Depois de enormes trabalhos e esforços de um conjunto de pessoas, entre as quais Maria João Pereira, José Belo, Manuel Quitério e Rui Coelho, foi constituído o CEERIA, â data Centro de Educação Especial e Recuperação Infantil de Alcobaça.»
Depois de um “powerpoint” , elaborado pela equipa de professores da fundação do CEERIA, que recordou em imagens “amarelecidas” alguns dos primeiros passos dos primeiros tempos, usou da palavra um dos fundadores e actual Presidente da Direcção da Instituição.

José Belo realçou o orgulho pelo passado , e salientou também a importância do caminho entretanto percorrido, em que foram dados grandes passos na senda da integração social das pessoas com deficiência no concelho de Alcobaça.
«Quero em nome do CEERIA homenagear todos os que desempenharam funções nos órgãos sociais.
 E reconhecer também publicamente o trabalho, o esforço,
 o empenho de todos os colaboradores.»
«…este aniversário constitui também uma boa oportunidade para olhar o futuro…Começaram recentemente a construção das novas instalações na Quinta das Freiras…e as novas instalações são uma dessas apostas para o futuro…».
Terminou salientando que…«apesar dos progressos registados há em Portugal, e também no nosso concelho, um longo caminho –ainda - a percorrer. Em conjunto teremos que continuar a dar passos decisivos para uma sociedade mais justa, mais desenvolvida e mais feliz.»

Seguidamente o Presidente José Belo entregou o diploma de Benfeitor à Sócia nº. 1, Maria João Antunes Silva Pereira, que sentidamente agradeceu a distinção, que lhe foi atribuída em recente Assembleia Geral pelos relevantes serviços prestados à Instituição.
Também na mesma Assembleia Geral foram atribuídos os diplomas de Benfeitores aos irmãos Alexandre e Isidro do Rosário Alves, que doaram um terreno de 12.000 m2, na Quinta das Feiras, onde estão já a ser construídas as novas instalações do CEERIA – Um Centro de Actividades Ocupacionais e Lar Residencial.
Na chamada ao palco os locutores de serviço salientaram a importância da doação, reveladora de um assinalável sentido de responsabilidade social. Isidro Alves , em seu nome e de seu irmão ,manifestou a satisfação de ter sido possível doar uma parcela de terreno a uma instituição que tanto prezam.
Nos minutos seguintes os apresentadores contaram, enquanto eram projectadas fotografias, mais uma parte da história do crescimento da Instituição, nomeadamente no seu sector educacional, que constituiu ao tempo uma resposta para crianças para quem, até aí, não havia caminho.
Foi o tempo do Óscar…admitido em 1985 e integrado no sector educacional. Foi encaminhado pelo seu médico assistente e pela professora do ensino regular. Em 1995/1996 transita para o Centro de Actividades Ocupacionais, por não reunir condições para integrar o mercado normal de trabalho. Já lá vão 26 anos…como a mãe do Óscar,num comovido e tocante testemunho, contou em palco.
A estrutura da Instituição cresceu, os espaços ampliaram-se, as actividades surgiram, os equipamentos foram adquiridos, novos sectores foram criados e…em 1979 surge o sector pré-profissional. Tendo em atenção as características do mercado de trabalho da região de Alcobaça foram criadas áreas de formação em agro-pecuária, carpintaria, têxteis/costura e serralharia. Em 1988 foi implementado o sector de formação profissional, que passou também a incluir as áreas de informática, hotelaria e jardinagem.
E porque de uma “Gala” se tratava seguiram-se durante alguns breves minutos actuações de alunos de ballet da Academia de Música de Alcobaça, que não deixaram os seus créditos por pés alheios.



As alunas Beatriz Silva. Ema Ferreira, Isa Maria Vicente, Mariana Romão, Margarida Oliveira, Eduarda Horta, Carolina Rodrigues e Ana Baptista foram as estrelas da A.M.A..
Tempo para mais imagens e mais história do CEERIA com uma data – 1989 – particularmente importante por ter sido o ano do início do funcionamento do CAO- Centro de Actividades Ocupacionais. Foi esse imenso capital de humanidade que o CEERIA tomou em mãos e tem vindo a acarinhar e a desenvolver.
De tal maneira que a Anabela Bento veio a palco contar uma extraordinária história de vida, que passa pelo Óscar e por vinte anos de desempenho de funções de monitora de actividades ocupacionais.
E vinte anos são muitos meses,
 muitos dias,
 muitos minutos
 a garantir o conforto,
 segurança
 e bem estar de muitos “meninos”,
que vivem grande parte das suas vidas entre as paredes do CEERIA.
Mais história e mais fotos que, com
ajuda dos apresentadores Emília Barroso e Nuno Santos, ajudam a compreender como os anos passaram pela Instituição.
Quando em 1997 se comemoraram os 20 anos do CEERIA a instituição já contava com uma equipa multidisciplinar de 49 pessoas, que englobava técnicos, administrativos, professores, monitores e outro pessoal de apoio que servia os cerca de 100 utentes.
 O momento musical, com que terminou a 1ª.
parte da Gala, foi mais uma agradável surpresa. Como os apresentadores bem salientaram...só com a "prata da casa".Carlos Marques e Daniel Machado, da Benedita, cantaram, tocaram e encantaram.
Seguiu-se o intervalo em que muitos convidados que, aliás, esgotaram a lotação do Cine-Teatro de Alcobaça, se dirigiram à Banca de Donativos, que estava montada no “hall” de entrada.
A segunda parte do espectáculo conseguiu manter o nível elevado do “primeiro tempo” e a peça de teatro “Almanzor, dois mundos um amor” surpreendeu pelo conteúdo e pela envolvência de sentimentos «…que uma história de amor sempre desperta e toca o imaginário de qualquer um de nós.»
O grupo de teatro do Ceeria, que nasceu no ano lectivo de 2003/2004, pela mão de Sandra Coelho, teve desta vez o reforço de dois actores alcobacenses – Diana Bernardes e Tomé Dionísio.

Longos e entusiásticos aplausos do público premiaram a excelência da representação, com relevo para o narrador que não deixou de fazer notar o seu “papel”, quando dos bastidores veio até à ribalta.
Os apresentadores, de forma solta e a propósito, continuaram a narrar a história da instituição, sempre acompanhada pela projecção de fotografias.

Foi o tempo da construção e aquisição da primeira unidade residencial.
 Era preciso e foi alargada e descentralizada a instituição.
 Criaram-se novas áreas que se começavam a revelar fundamentais: a intervenção precoce e o emprego.
 O testemunho do formando Bruno Duarte teve a importância de exemplificar na prática o que a sua vida se alterou.
Utente desde 2008 foi abrangido em 2011
 pela medida do apoio à colocação e encontra-se actualmente ,no âmbito de contrato de emprego de inserção na junta de Freguesia de São Martinho do Porto.

O ano de 1999 marcou o início da organização de eventos de carácter técnico/pedagógico, com o reconhecimento oficial do desporto em geral como actividade que facilita a integração social.
O primeiro boletim informativo "CEERIA acontece" marcou o ano de 2000.

 Foram editados 1.000 exemplares que foram distribuídos pelo população alcobacense para que a instituição fosse mais conhecida.
E apreciada.
E motivo de orgulho para todos.
A expressão no “Ceeria acontece” ainda hoje perdura
No ano de 2001 comemorou-se o 25º aniversário e inaugurou-se uma nova residência para utentes, adquirida integralmente com fundos do Ceeria.
Em 2002 a instituição passou a designar-se “Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça” e «…abriram-se horizontes cada vez mais vastos.»
No programa desta noite memorável seguiu-se um momento particularmente significativo: a entrega dos Prémios de Fidelidade como reconhecimento e agradecimento a 15 Empresários, que acolheram e contribuíram para a formação de utentes do Ceeria no mundo do trabalho.

Durante cerca de 20 minutos subiram ao palco os representantes dessas instituições, que desempenharam um papel importantíssimo na inclusão dos jovens do Ceeria, num novo patamar das suas existências.

Seguiu-se no uso da palavra o Presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, que não defraudou a expectativas e confirmou o empenho da Autarquia em estar presente e apoiar tudo o que fôr possível fazer para o crescimento do Ceeria, aproveitando a oportunidade para na pessoa de José Belo, Presidente da Direcção, felicitar a instituição pelos 35 anos de existência em favor da inclusão.
Os infatigáveis apresentadores referiram mais história recente do Ceeria.E deram a palavra à jovem Ana Rita Pós de Mina.
E quem é Ana Rita?
Entre Fevereiro de 2003 e Novembro de 2009 foi responsável pelo espaço Univa. A partir de 2 de Dezembro desse ano celebrou contrato de trabalho como Socióloga. E nos dias de hoje é a responsável pela Gestão de Qualidade.
Conta 32 anos de idade.
E o que disse Ana Rita?
«O poder da informação é, sem dúvida, aquele que devemos desejar alcançar se continuarmos a insistir com afinco fazer parte desta instituição! Participar, envolvermo-nos, opinar, reclamar, sugerir, criar, inovar…ESTAR E SER! ESTAR no trilho de um interesse colectivo, comum e em prol dos nossos clientes, e SER responsável, consciente, rigoroso, proactivo e sensível, sobretudo, a uma realidade em constante transformação.»
«…Esta casa é MÁGICA!»
«…Ser colaboradora no Ceeria é cumprir eticamente com os nossos deveres profissionais, mas também é conversar com a Alexandra depois da sua hora de almoço, é ajudar a Glória a tirar bolachas da máquina, é ouvir o Pedro e o seu inesgotável gosto pela música portuguesa, ou simplesmente levar com uma beijoca da Inês. Faz parte e acrescenta-nos alento – A alegria e a satisfação dos nossos clientes!»
«…o meu compromisso hoje era testemunhar enquanto colaboradora do Ceeria, mas atrevo-me a testemunhar também como cidadã e apelo a todos à causa que o Ceeria defende – o respeito pela individualidade e defesa dos direitos da pessoa com deficiência! Porque hoje também se celebra o dia internacional das pessoas com deficiência.»
«Gosto de estar aqui hoje. Em festa…com cheiros de solidariedade e de paixão…Porque também hoje, além da nossa história, é tempo de projectar um futuro profícuo para o CEERIA.»

Seguiu-se o Hino com todos os colaboradores da Instituição em palco.
«Canta Ceeria, canta/Se és diferente, eu sou também/
Canta Ceeria, canta/Todos juntos seremos alguém»

E acnderam-se e...apagaram-se as velas de parabens ao CEERIA.
Eu estive lá.
No CEERIA continua a acontecer.
«...Esta casa é MÁGICA !»
PARABÉNS.
JERO


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