sábado, 5 de junho de 2010

M 260 - OS MISTÉRIOS DE UMA URNA VAZIA

OS MISTÉRIOS DE UMA URNA VAZIA
O "Expresso" de 5 de Junho de 2010 volta ao assunto que tratámos na nossa postagem M-257(Só areia e pedras em urna de ex-militar).
O jornalista Ricardo Marques refere o depoimento de um camarada de Tertuliano Henriques ,morto num acidente em Angola em 1967. Ernesto Ferreira ,camarada no pelotão de canhões de recuo 1197, afirma que viu o corpo de Tertuliano, que contava 22 anos, na morgue de Luanda, no final de Junho de 1967.Contou ao "Expresso" que «...vestimo-lo com farda de combate, prestámos honras militares e selámos o caixão.Fui eu que coloquei a placa.»O caixão seguiu para Portugal duas semanas depois.
A partir daí...passaram 43 anos e...quando a viuva do Tertuliano Henriques morreu abriram a campa para o seu funeral e...encontraram uma urna vazia com areia e pedras.
Prometem-se agora investigações para apurar a verdade.
Admito que ...com alguma descrença da minha parte ...me lembrei logo das comissões que investigaram o desastre de Camararate com os resultados que são conhecidos...
O que pensam alguns militares!?
O Presidente da Liga dos Combatentes, General Chito Rodrigues, diz que é um caso estranho mas que deve ser totalmente esclarecido. José Arruda, da Associação de Deficientes das Forças Armadas afirma que«...o Estado não pode ficar indiferente nem permitir que haja qualquer suspeita».José Nunes, da Associação Combatentes Ultramar Português considera o caso «...capaz de abrir feridas desnecessárias».
Reproduzo um comentário que foi feito à mimha postagem M-257(Só areia e pedras em urna de ex-militar).

Alfredo disse...
Até certo ponto concordo com o Joaquim, embora neste caso concreto, em que havia corpo, segundo testemunhos, seja dificil encontrar explicações.Vou resumir um caso que poderá tornar algo semelhante em explicável:Nos paiois de uma unidade estão de sentinela e guarda dois soldados e um cabo, noite, de repente desaba sobre a zona um temporal daqueles que só se vêm em África. Um raio atinge em cheio o paiol, enorme explosão e o paiol volatiza-se e tudo o que estava dentro e em redor desaparece.
Os corpos dos três militares são enviados para a Metrópole, em caixões devidamente selados e etiquetados... mas quais corpos?
Caso veridico.
Um abraço
A. Justiça
3 de Junho de 2010 00:16

José Eduardo Oliveira disse...
Caros Alfredo e Joaquim
Agradeço os vossos comentários.
A história do Alfredo é dramática e dá que pensar.Tive hoje mais uma achega à questão que ...pode ser "lenda" ou talvez não...Em determinada altura,em Angola, acabaram-se os caixões e...não havia câmaras frigoríficas para conservar corpos.O que se fazia? Enterravam-se provisoriamente no cemitério mais próximo.Quando havia caixões e ordens para a transladação ia-se desenterrar o corpo e...se não se encontrava à primeira ...enchia-se o caixão com areia e pedras.São memórias dos anos 60 e 70!!!
Um abraço camaradas e temos que carregar com o passado...
Quer se queira quer não.
JERO
3 de Junho de 2010 10:39

Prometemos voltar ao assunto.
5 de Junho de 2010.
JERO

PS-Foto do "Correio da Manhã" no Cemitério de Bufarda, em Peniche, em finais de Maio de 2010.

1 comentário:

  1. Amigo Jero.
    És a pessoa indicada para me dares uma dica:
    Quando se faz a transladação dos restos mortais de combatentes nas colónias,para virem num cargueiro qualquer, a família tem de pagar alguma coisa?
    E quanto tempo demora o processo?
    Está pendente da disponibilidade?
    Tu sabes de certeza e eu espero a resposta.
    Um abraço.
    Hélio Matias

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