Data: Thu, 16 Jul 2009 00:52:16 +0100
De: jotajero@sapo.pt
Assunto: Re: CCaç 675
Para: Virgínio Briote
Citando Virgínio Briote
Caro José Eduardo
Chamo-me V. Briote e pertenci à CCav 489, BCav 490, que esteve destacada em Cuntima até Julho de 1965. Ouvi falar muito da CCaç 675, e ainda hoje a minha memória guarda relatos do vosso comportamento militar e cívico em Binta. Não cheguei a conhecer pessoalmente o vosso cmdt, o então cap Tomé Pinto, mas ainda hoje recordo o meu cmdt de Batalhão, o então ten cor F. Cavaleiro, que não se cansava de falar da CCaç 675 como um exemplo a seguir. Repito, não só pelo vosso comportamento operacional, como também pelo trabalho que desenvolveram a favor de toda aquela população. Por isso é com grande interesse que espero que me envies á cobrança o livro para
Av Estados Unidos América, 3, r/c, Esqº, 1700-163, Lisboa.
Espero vir a conhecer-te pessoalmente.
Um abraço
vbriote
No caso de preferires usar outro meio que não seja a cobrança os meus nºs : 218 461 674 ou 917 520 066
Caro Virgínio Briote
Fiquei muito emocionado com as tuas notícias. As gentes do Bat.Cav. 490 dizem-me muito. E a recordação do Ten.cor. Fernando Cavaleiro é-me muito cara. Vou-te enviar amanhã o meu livro e vou fazer todo o possível para em breve te conhecer pessoalmente pois temos muitas memórias em comum para recordar.
Um grande abraço e até breve, assim o espero.
J.Eduardo Oliveira
Caro Virgínio
Bom dia
Lembrei-me ontem de uma história no mínimo invulgar que me aconteceu na vida civil com o já então CORONEL FERNANDO CAVALEIRO.Passou-se no Verão de 1975 ou 1976. Estava na praia de S.Martinho do Porto equipado para tomar banho.Corria de calções junto ao mar quando vejo ao longe uma figura que me pareceu familiar. O porte altivo e uma postura desenvolta lembravam-me o meu Comandante de Batalhão dos tempos da Guiné. Aproximei-me e era mesmo ele.De roupão de banho, descalço e com a toalha na mão ali estava o Cor. Cavaleiro. Institivamente pus-me em sentido e apresentei-me.O meu Coronel dá-me licença? Tive a honra de servir sob as suas ordens no Bat. 490. Estacou e ainda antes de me apertar a mão perguntou-me. A que companhia pertencias? À C.Caç. 675. Ah já sei. A do Tomé Pinto. Foi um grande oficial e teve uma Companhia das melhores.
PUS-ME À VONTADE E TIVE DIREITO AO SEU APERTO DE MÃO. Caminhámos juntos algumas dezenas de metros. Soube que tinha estado preso em Caxias durante 10 meses. Sem culpa formada e sem qualquer interrogatório. Disse-o sem queixumes. Altivo e "teso" como o sempre tinha conhecido.
Regressei lentamente para junto da minha família. Contei-lhes o que se tinha passado. Tinha estado em "sentido" em calções de banho!
Tinha cumprido um ritual da vida militar...à civil. Um ritual de que me orgulho e que recordo com saudade.Os valores do respeito e da dignidade.
Devo-te a ti esta boa recordação. Do Grande 490 e seu mítico Comandante.
Um abraço de até breve.Assim o espero.
José Eduardo Oliveira
O ritual
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