quarta-feira, 15 de setembro de 2010

M 297 - ATÉ SEMPRE AUREA DA MATA

HOMENAGEM À NOSSA QUERIDA AMIGA

Em memória de Áurea da Mata (1951-2010)
6 de Setembro: Dia triste para a história de Turquel.

Áurea da Mata vista pelo pintor António Aboim Sales




Carta a uma amiga que partiu
Olá Áurea !
Minha querida amiga e colega de tantos e tantos anos.
Não esperava que me surpreendesses assim tão definitivamente.
Deixaste tanta gente que te amava e partiste com o teu sorriso maroto.
O teu maior desejo era ver todos felizes, principalmente as crianças.
Sempre atenta às necessidades dos outros e agias sempre para prestar a ajuda necessária.
Deixaste tantos projectos para trás...
Os teus poemas que criavas com tanto talento e as tertúlias que organizaste...
As estórias contadas às crianças e as estórias e lendas de encantar contadas a todos os que gostavam de te ouvir.
As palhaçadas no Carnaval e não só.
O dia do teu aniversário, nunca conheci ninguém que celebrasse a vida assim com tanta alegria.
Os teus jovens da catequese e as campanhas que sempre faziam no natal sempre para auxiliar alguém que precisasse.
As nossas horas de almoço, lá na sala a descansar e a crochetar para as nossas netas.
Tínhamos ainda tanta coisa para partilhar.
Mas tu partiste e agora fisicamente não te poderei mais encontrar e dizer olá sorrindo.
Mas tu partiste subitamente para o plano espiritual e agora estás em paz e tranquilamente nos observas atenta.
Descansarás um pouco até te habituares à tua nova vida eterna.
Logo encontrarás o que fazer; dar a mão às crianças e fazer uma canção de roda, algum jogo ou uma corrida bem animada.
depois virás em sonhos confortar os teus amados e encaminhá-los neste vale de lágrimas.
Se puderes passa por aqui, gostava tanto que me pudesses visitar em sonho, será que é pedir muito?
Dá beijinhos aos nossos meninos e amigos que te receberam aí, o Tó Zé, a Carina o Frederico, a nossa amiga Jú e todos os que contigo privarem.
Fica em paz amiga e não te esqueças de nós.
Beijinho da "Guiga"
Margarida Bogalho

Poema de despedida
Morreste e bem antes dessa nefasta hora
eu o adivinhava aqui ontem, como agora
numa aurora sentida longe de Belém.


Morri também por ti um pouco, fiquei fora,
voz embargada, rouco, chorei
e por ti, mais triste, menos eu


Mataste-me a esperança de noites lindas,
agora simples breu,
divididas
por todos os que tu carregavas
como um feliz fardo
morreu-me por ti meu bardo,
pesou-me nesta hora a vida,
como um fardo.


Amor de todos
felicidade a rodos
de quem com tanto orgulho,
te contemplava
e nestes versos brancos
te procuro, em soluços,
em arrancos de lava,
tento aligeirar tua mortalha
faço teu luto, com o peso abrupto
de saber-te, Deus me valha,
longe de nós
e de não mais poder ver-te,
ouvir a tua voz,
talvez lá longe nas alturas do Olimpo,
em nuvens de dourados pós.


Longe, perdida em nevoeiros de uma outra vida
ou em Céu azul de nuvens limpo
quero que vivas para todo o sempre
e honrar, aqui na terra, tua glória,
Áurea tão querida em mim presente.


Não nos disseste Adeus,
nunca me despedirei de ti
e eu jasmim que sou,
não poderei da rosa
da felicidade em verso,
da alegria em prosa
com que a todos nos brindaste,
com que brincaste
amorosa
minha Áurea. Poalha dourada
desta silvestre estrada,
nunca de ti me despedirei,
nunca o farei, minha querida.


Áurea Benedicta sejas em tua glória
Que o teu exemplo floresça
entre todos os que de ti beberam
que por ti foram, aconteceram, amanheceram,
e em tuas asas mais livres voaram.
Por ti Áurea, muitos, melhores ficaram.


Que em vez de um simples templo,
de um monumento,
de um lúgubre lamento,
nasça o teu exemplo,


Cantemos a tua vida a tua historia,
honremos teu cristalino pensamento
como a festa do amor mais alto acontecida
que a todos deste,
em que em tua vida te perdeste.

Cansando-te em estrada cheia e agreste
zombando de honrarias de que te rias
e despindo-te de luzes, em sonora gargalhada
carregavas cruzes e chagas de amor


Áurea minha mais rica e alegre Rosa!
Levantemos agora e sempre teu acreditar
ajudemos todos os que sem ti ficaram
a voltar a sonhar! Oremos a todos os Santos!


Ajudemos agora nós,
com menos prantos
Todos e tantos
que por tua perca ficaram sós,
te choraram e tão pobres ficaram


Saibamos ser sua nova voz,
o que sempre quiseste, ser,
seremos nós
num florido amanhecer
uma gloriosa esperança agora acontecida,
honrando o azul Celeste da tua vida!
António Sales


Brincar com coisas sérias como ela sempre fazia
Áurea, mulher e esposa, mãe galinha,
Áurea, educadora, e conselheira,
Áurea, catequista, com fé e linha,
Áurea, animadora, sã cantadeira.


Áurea, poetiza, contadora,
Áurea, dirigente patinagem,
Áurea, humilde, simples, lutadora,
Áurea, doente, mulher coragem.

Deste muito, talvez até demais,
Boa amiga, colega, a ninguém lesa,
Gratos são, miúdos, jovens e pais.

Desta vida exemplar, um senão!
P’ro Céu alma tão grande, aos anjos pesa,
Disso, por certo..., terás o perdão.
Augusto Luís


Despedida desta vida
(dedicada á memória da amiga Áurea da Mata)


Quando nasce uma pessoa,
Seja má ou seja boa,
Traz o destino consigo.


Nesse destino estava marcado,
Levando-te para outro lado,
Todos vamos ter contigo.


No dia 06 de Setembro,
Bem triste que bem me lembro,
No ano de dois mil de dez.


Partiu Áurea Fernandes da Mata,
Que muita gente lhe é está grata,
Por muito bem que lhes fez.

Com cinquenta e nove anos de idade,
Partiu para a eternidade,
Deixaste esta peregrinação;


Esta terra e a tua vida,
Toda a gente que te é querida,
Mas que te guarda no coração.


Ó Áurea nossa amiga,
Na boca sempre uma cantiga,
Com uma graça também.


Mas quis então o destino,
Que em Turquel tocasse o sino,
E fosses para a Virgem Mãe.


Tu amavas as crianças,
Elas são nossas esperanças,
Para o futuro de amanhã,
Ensinavas-lhe boas maneiras,
Com regras e brincadeiras,
Para terem uma vida sã.


Tantas te passaram pela mão,
Te trazem no coração,
Algumas já são mães e pais,
Elas nunca se esqueceram,
Do quanto contigo aprenderam,
Ainda hoje queriam mais.


Mas isso não aconteceu,
Alguém te chamou lá do Céu,
Quis a tua companhia.
Aceitamos com amor,
É a vontade do Senhor,
Só nos resta a nostalgia.


Até sempre a amiga:
Sofia Francisco


Até à vista Áurea


Áurea minha colega e amiga,
Muitos anos de convívio,
Que tivemos nesta vida,
São muitas recordações que esquecê-las não consigo.


Desde o trabalho à poesia,
E outras tantas actividades,
Tantas coisas que fazer,
Que sinto já as saudades.

Quero prestar homenagem,
Com esta minha mensagem,
De carinho, ternura e amor.

Desejo de meu coração,
Que os anjos te levem pela mão,
E te receba Nosso Senhor.


Soneto dedicado à amiga Áurea da Mata de autoria de:
 Sofia Francisco


Sentida Homenagem Para Ti Querida Amiga


Mais uma flor
Que Deus veio buscar
Estamos todos aqui para
A última homenagem te prestar
Adeus Áurea, estamos aqui
Com todo o nosso coração
Que os anjos te guardem no céu
E te ofereçam protecção

É com muita tristeza
E dor no coração
Que estamos junto de ti
Nesta celebração


Estão aqui todos os teus amigos
Com muito carinho e amor
Pedindo aos anjos que te levem
Para junto do Senhor


Neste momento de dor
E de grande sofrimento
Entregamos-te ao Senhor
Que Ele, tome conta de ti a cada momento


Partiste querida irmã
Sem dizer nada a ninguém
Agora descansa em paz
Na Eternidade também


Aos teus familiares
Eu desejo do coração
Que aceitem com Amor
A tua separação


É para nós muito doloroso
Ver partir alguém de quem gostamos
Mas faça-se a vontade do Senhor
Porque nós não mandamos

Numa graNde doença
Ou num acidente repentino
Todos temos que pela morte passar
Quis assim o destino

Juntos todos em oração
Neste momento de dor
Rezemos pela nossa irmã
Que partiu para junto do Senhor

Adeus Áurea até um dia ?

Elaborado por Maria Rosa Marques

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