CROMOS DA VIDA
Só
não erra quem não faz nada e no nº.3 da nossa “colecção” de CROMOS da VIDA
chamámos ao protagonista “José”, quando devíamos ter chamado Joaquim Miguel,
por alcunha o “Cafezinho”.
A chamada de atenção para o nosso erro foi-nos feita
por um seu enteado – de nome João Gomes Félix que, por acaso, foi nosso companheiro
de escola nos velhos tempos da Adães Bermudes - .
A alcunha do “Cafezinho” ganhou-a quando
foi preso por contrabandear café durante a guerra civil espanhola, o que já
tínhamos referido na crónica anterior, mas ficámos a saber que a pena que
cumpriu na Cadeia de Alcobaça foi de (longos) 27 meses.
Era então carcereiro o João
Machaqueiro.
O “Cafezinho” era um detido bem comportado e da máxima confiança
do carcereiro, fazendo com alguma frequência serviços no exterior de transporte
de lixo sem qualquer guarda à vista.
Numas férias do João Machaqueiro – na
falta dum carcereiro substituto – foi o “Cafezinho”, com o conhecimento dum
Oficial de Justiça do Tribunal de Alcobaça que ficou a tomar conta da cadeia,
sem se ter registado qualquer problema de monta.
Só um pequeno barril de vinho,
propriedade do carcereiro, terá descido alguma coisa no seu nível,
eventualmente com a ajuda de algumas libações do Joaquim Miguel…
Este adicional à pequena estória do
“Cafezinho” Pai só prova que somos um povo de brandos costumes.
Um preso – na
ausência do carcereiro - a tomar conta da Cadeia por alguns dias marca, sem
dúvida, um tempo e um povo.
JERO
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