quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

M - 467 O CAFEZINHO (PAI)

CROMOS DA VIDA

Só não erra quem não faz nada e no nº.3 da nossa “colecção” de CROMOS da VIDA chamámos ao protagonista “José”, quando devíamos ter chamado Joaquim Miguel, por alcunha o “Cafezinho”. 
A chamada de atenção para o nosso erro foi-nos feita por um seu enteado – de nome João Gomes Félix que, por acaso, foi nosso companheiro de escola nos velhos tempos da Adães Bermudes - .
A alcunha do “Cafezinho” ganhou-a quando foi preso por contrabandear café durante a guerra civil espanhola, o que já tínhamos referido na crónica anterior, mas ficámos a saber que a pena que cumpriu na Cadeia de Alcobaça foi de (longos) 27 meses. 
Era então carcereiro o João Machaqueiro.
 O “Cafezinho” era um detido bem comportado e da máxima confiança do carcereiro, fazendo com alguma frequência serviços no exterior de transporte de lixo sem qualquer guarda à vista.
 Numas férias do João Machaqueiro – na falta dum carcereiro substituto – foi o “Cafezinho”, com o conhecimento dum Oficial de Justiça do Tribunal de Alcobaça que ficou a tomar conta da cadeia, sem se ter registado qualquer problema de monta.

 Só um pequeno barril de vinho, propriedade do carcereiro, terá descido alguma coisa no seu nível, eventualmente com a ajuda de algumas libações do Joaquim Miguel…
Este adicional à pequena estória do “Cafezinho” Pai só prova que somos um povo de brandos costumes. 
Um preso – na ausência do carcereiro - a tomar conta da Cadeia por alguns dias marca, sem dúvida, um tempo e um povo.

JERO





Sem comentários:

Enviar um comentário