NÃO HÁ RECEITAS PARA AVIAR NA FARMÁCIA...
Nos tempos que correm já ninguém é demasiado velho para
praticar um desporto radical, subir ao palco ou estudar e tirar um curso…
Desde que passei dos 70 tenho tido a preocupação – vá
lá saber-se porquê – de “sinalizar” os maiores de 80, um “patamar” que me
interessa especialmente nesta fase do “campeonato”. Porque a vida é feita de
etapas…num caminho cuja distância desconhecemos, sendo certo que se o
“pisarmos” com o passo certo poderemos realizarmo-nos e permanecer no clube da
“gente feliz sem idade”.
A população portuguesa no capítulo de “idosos” já em
2010 tinha atingido os 2 milhões, com a relevante percentagem de 20% de
reformados ainda a trabalhar !
E a viajar e a praticar desporto. E a estudar em
Universidades seniores e a fazer teatro.
E a ser apresentador de “Galas”e a
escrever para jornais.
E – no cume de todas estas actividades de “provas de
vida – a ser avós, junto dos filhos continuadores do seu viver. Longe ou perto,
porque com o correr do tempo, os caminhos da vida obrigam muitos vezes a
percorrer distâncias, para encurtar os “espaços” onde os nossos familiares se
fixaram.
Mas ser idoso não é fácil porque há o preconceito de
que o corpo e a cara mostram a nossa idade. Mas o envelhecimento activo pode
contrariar o bilhete de identidade, que não marca (felizmente) a nossa idade
mental. Todos sabemos no entanto que tudo acabará um dia.
Em passado
recente tomei nota de uma definição a que não se consegue ficar indiferente: “a
partir dos 75 ou dos 80 há um relógio biológico que nos faz começar a ver a
vida pelo retrovisor”.
Que fazer?
Não há
“receitas” para aviar na farmácia…
Tenho dias em que não penso na idade que tenho. Prefiro andar em vez de ficar
no “maple” da sala de estar.
E vir para a rua “curtir” a minha terra, os meus vizinhos,
os meus amigos. Deitar fora as más recordações e guardar só as boas.
Afinal ainda me falta fazer tanta coisa…
JERO
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