Nos meus tempos de jovem (ou quase) – dos 26 aos 28 anos – tive uma breve passagem pela Banca. Trabalhei na Agência de Leiria do Banco Pinto & Sotto Mayor e na Sede do Banco de Champalimaud, em Lisboa.
Um cliente , que tinha uma exploração agrícola no concelho de Alcobaça, convidava de vez em quando os empregados da Agência de Leiria para um jantar na sua quinta. Embora novato também me calhou um ou dois jantares.
Como não há almoços (ou jantares) de”borla” perguntei a um colega mais velho os “porquês” daquelas “festas”. As ditas coincidiam com a a”aprovação” de empréstimos bancários.Quando uma “livrança” era aprovada seguia-se uma jantarada.
Na minha ingenuidade, eu que lançava as “responsabilidades”, via o cliente em causa cada vez com mais “falta de ar”!
Porquê fazer uma festa para comemorar um empréstimo que mais tarde teria que pagar!? E com juros!?À distância no tempo recorda-me que…de festa em festa …a exploração agrícola atingiu a falência ...final…
E acabaram-se os jantares.Qualquer semelhança com factos actuais da venda da nossa dívida pública…é pura coincidência…
Taxa de juro ruinosa !? Os nossos governantes mostram muita satisfação quando se endividam até as calendas gregas..
Como se não tivéssemos que pagar o que pedimos emprestado !?
De festa em festa…até à vitória final !!!???
“Vitória” que os meus netos terão que vir a pagar…
Bem gostaria de estar cá para ver mas a esperança de vida ainda não atingiu os 105 anos…
Embora concorde que pagar e morrer…
JERO
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