A SOLIDÃO NA TERCEIRA IDADE
O tempo passa a correr e um dia percebemos que se nos acontecer alguma coisa que possa ser “notícia” seremos referidos por “sexagenários”. Ou pior ainda por “idosos”.
Idoso caiu desamparado na rua e foi conduzido ao hospital…
Sexagenário vítima de conto do vigário…
Quem tem a sorte de chegar ao “estatuto de avô”, alem de ser “sexagenário” ou “septuagenário” poderá mentalmente preparar-se para voltar a aprender a andar vendo os seus netos a fazê-lo enquanto crescem…
Porque aos 2 anos o sucesso dos nossos netos passa por andar sem cair, aos 4 anos não fazer xixi nos calções,
aos 12 anos ter amigos,
aos 16 anos namoriscar,
aos 23 anos terminar o curso,
aos 25 anos sair de casa e fazer-se à vida…
É um dado adquirido que a esperança de vida aumentou, o que nem sempre quer dizer que tenhamos a garantia que a qualidade de vida se mantenha.
E é aqui que entra – ou poderá entrar – a solidão que é uma terrível componente da vida para a qual ninguém poderá dizer que está preparado.
Já conhecemos pessoas que diziam não ter medo da morte .Mas que não estavam preparados para suportar a dor física, que se poderá “eternizar” com a solidão.
Com o prolongar da longevidade a solidão acontece na terceira idade porque os filhos casam e fazem a sua vida.
As relações próximas vão decaindo e chega-se a um momento em que os mais velhos se sentem sozinhos, passando dias sem ver ou conversar com alguém.
Com o decair das relações familiares a qualidade de vida também decai no sentido em que os idosos passam muito tempo à frente da televisão ou do rádio, sentados e muitas das vezes em casas com poucas condições.
Entretanto os avós,
serão mais “idosos”,
e só terão sucesso se aos 75 anos tiverem amigos,
se aos 80 anos não fizerem xixi nas calças. E,sucesso dos sucessos, se aos 90 conseguirem andar.
Até à casa dos filhos,
dos netos,
dos amigos.
JERO
(septuagenário)
(avô militante)
(com muitos amigos).
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