quarta-feira, 28 de novembro de 2012

M 438 -PARABÉNS DONA AMÉLIA ANSELMO


VIVER PARA ALÉM DOS CEM
Conheci a Dona Amélia Anselmo graças à Directora da Fundação Maria Oliveira, Sandra Oliveira.
E por muitos motivos e razões. Mais de cem …
A Dª. Amélia Anselmo completou 101 anos hoje, dia 28 de Novembro.
Fiquei fascinado. Foi vestida e arranjada para a fotografia e, enquanto decorriam os preparativos, disse vezes sem conta uma frase que a deve agarrar à vida: «Anjo da Guarda, minha companhia.»
Respondeu a algumas perguntas sobre o seu nome e a terra que a viu nascer desejosa de voltar para o conforto da sua cama.
É portadora do bilhete de identidade 595791.
 Melhor dizendo foi …pois o documento agora repousa numa pasta que , entre muitas, faz parte do arquivo da Instituição. Mostraram-me o seu bilhete de identidade com uma fotografia em que parece outra…
Nasceu a 28 de Novembro de 1911 em Charneca do Rio Seco, freguesia de Turquel.
O B.I. atesta que tem de altura 1,42m. mas foi uma grande mulher de trabalho.O que confirma um velho ditado “adaptado” (para os devidos efeitos …)que as mulheres também não se medem aos palmos.
 A taberna da Tia Amélia era mais conhecida “que o azeite e o vinagre” na região de Turquel. E atendeu ao longo da sua um número incontável de clientes, que passaram também a ser seus amigos.
Enviuvou aos 40 e poucos anos e trabalhou até aos 90 anos. Sem filhos dedicou-se de alma e coração aos seus sobrinhos. E mais tarde aos sobrinhos-netos, que lhe retribuem a afeição.
Uma queda azarada, que deu origem a uma fractura do colo do fémur, obrigaram-se a recolher à FMO, onde está desde Dezembro de 2002.
Não quis sobrecarregar os seus sobrinhos. E insistiu em entrar para a Fundação Maria Oliveira. O que não é decisão muito comum !

Dá a sensação que com a idade ficou ainda mais pequenina mas guarda ainda algum genica  doutros tempos. Que o digam as funcionários que a prepararam para aturar o seu visitante desconhecido para o registo dos 100+1.Rabujou um bom bocado…

- E problemas de saúde? Perguntei.
- Não tem nada de especial…É “apenas” maior de cem anos, referiu a Directora.
Apreciei o carinho como era tratada pelas empregadas. Não foi só para a fotografia…
Parabéns Dona Amélia Anselmo.
Não lhe desejo que conte muitos …porque já os tem!
Que o Anjo da Guarda continue a ser a sua companhia.
JERO




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

M - 437 MAIS DUAS ESTÓRIAS DE FARMÁCIAS


Mais duas “estórias” de Farmácias…
1- A farmacêutica de serviço dormia profundamente quando a campainha tocou. Acordou estremunhada e olhou para o relógio. Eram quase 4 da manhã. Levantou-se e preparou-se para atender o cliente. Era um homem de meia idade que disse ao que vinha:- estava com uma insónia terrível e queria comprar um medicamento que o fizesse dormir. Receita? Não tinha.
- Se não tem receita vou ter que lhe vender uns comprimidos à base de “alprazolam”, como “venda suspensa” ,e depois traz-me a receita.
-Quanto custa: 5 euros.
-Cinco euros? Chiça ! A esse preço se os comprasse já não era capaz de dormir.
Voltou as costas e deixou a farmacêutica sem palavras. Sem palavras e sem sono. Até de manhã já não conseguiu “pregar olho”.

2- Dois jovens com idades compreendias entre os 17 e 18 anos entraram na Farmácia e dirigiram-se à empregada mais jovem .
 Com evidente à vontade e descaramento, disseram em voz alta e “com bom som”ao que vinham. Queriam preservativos.
Fez-se um silêncio entre clientes e empregados que os rapazes bué sorridentes … gozaram.
- E qual o tamanho, perguntou a empregada.
Aí os rapazes entreolharem-se e foi a vez deles ficarem calados. E a coçar a cabeça.
A empregada, com um sorriso rasgado, completou a pergunta: 
-Qual o tamanho… da embalagem?

O mais velho dos dois jovens recuperou o uso da palavra para responder que queriam o tamanho “normal”.
Foram atendidos e saíram “pianinho”.
«Queriam lã e saíram tosquiados».
Acontece ao mais pintado.


JERO

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

M - 436 RUI RASQUILHO OPINA


(…)A Pátria vos contempla

Outro dia na televisão, um dos muitos comentadores de “fato cinzento e gravata azul” como se lhes refere o Ministro da Defesa, falava na Empresa GASPASSOS que dirige a Nação.
Os mais recentes episódios para além da “Refundação” - haverá que trazer do Além o jovem Afonso Henriques para explicar a Fundação - são a maratona e os automóveis de ocasião .
Para Gaspar, o povo em movimento segue em esforçada maratona como quando e 49 anos antes de Cristo, os Gregos venceram os Persas na planície de Maratona.
Se os Persas são a Troika vá lá que há esperança, mas o problema é que o estafeta que ia a correr para Atenas, a 42 kms. da  batalha para dar conta da vitória, morreu exausto às portas da cidade-estado.
É portanto dúbia a alegoria do sr. Ministro das Finanças que talvez apenas se lembrasse de Carlos Lopes ou de Rosa Mota antes de os esmifrar com impostos. 
Explique-se senhor Ministro.
Entretanto o Primeiro dos Ministros, com Relvas próximo, comparava a Pátria a um carro usado, com três anos criando uma argumentação à volta deste mercado em crise. Pareceu-me de mau gosto.
Bem que eu gostava que o entusiamo do Governo, apesar da indiferença do Ministro Portas, e a inércia da A,R fosse o entusiasmo do povo contribuinte.
Mas ao que nos resta é ser um carro usado, sem revisões e morrer às portas de Atenas sem haver sequer tempo de sermos refundados.
Rui Rasquilho.