sábado, 31 de outubro de 2009

M86- DIA 31 - DIA DAS BRUXAS


COM A AJUDA DAS BRUXAS...

Sp. Braga vence (2-0) Benfica e volta a isolar-se na liderança



Ficha de jogo:Estádio AXA, em Braga.
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto).

SP. BRAGA: Eduardo; João Pereira, Moisés, André Leone e Evaldo; Vandinho, Hugo Viana (Madrid, 85m), Alan, Paulo César e Mossoró (Matheus, 58m); Meyong (Rodriguez, 46m).Suplentes: Kieszek, Ney, Diogo Valente e Adriano.Treinador: Domingos Paciência.

BENFICA: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia (Keirrison, 54m), Ramires, Di María e Aimar (Ruben Amorim, 81m); Saviola (Weldon, 81m) e Cardozo.Suplentes: Júlio César, Sidnei, Felipe Menenzes, Nuno Gomes.Treinador: Jorge Jesus.

Incidências do jogo:
Foi duma iniciativa do brasileiro pela direita que nasceu a falta – cometida por Fábio Coentrão – que deu origem ao golo do Sp. Braga. Hugo Viana bateu exemplarmente o livre, colocado no ângulo contrário, sem hipóteses de defesa para Quim.

Aos 27 minutos, golo anulado a Luisão, que cabeceou para o fundo das redes após livre batido por Aimar. O árbitro Jorge Sousa assinalou falta ofensiva dentro área, num lance que deixou muitas dúvidas.
Disciplina: Cartão amarelo para Fábio Coentrão (6m), Javi Garcia (30m), David Luiz (31m), João Pereira (31m). Saviola (41m), Paulo César (69m).

Também se ganham jogos no túnel !?
Cartão vermelho para Leone (intervalo), Cardozo (intervalo).


O Benfica foi à procura de virar o resultado e Di Maria (58m) quase conseguiu o empate mas voltou a esbarrar na inspiração de Eduardo. Depois Maxi Pereira (63m) e Keirrison (71m) remataram com perigo mas erraram o alvo.

Com os encarnados balanceados no ataque, o Sp. Braga acabou por conseguir o 2-0, mais uma vez com Alan na origem do lance. O brasileiro trabalhou bem na direita e deixou para Hugo Viana, este tocou de primeira para Matheus que assistiu Paulo César para o segundo golo, que acabou por sentenciar a partida
Golos: 1-0, Hugo Viana (7m); 2-0, Paulo César (78m).
23:11 - 31-10-2009


E SÓ AS BRUXAS SÃO DE BRAGA ?
NÃO.Um bruxo de nome Jorge de Sousa, da A.F.Porto também é.
Digo eu, que não sou de Braga...

JERO'

M85-VELHOS SÃO OS TRAPOS


VETERANOS DO GINÁSIO DE ALCOBAÇA

Na tarde do passado sábado, dia 31 de Outubro, fomos espectador atento de um jogo de veteranos no relvado da Quinta do Pinheiro, entre o Ginásio de Alcobaça e o Marinhense.
Quem sabe nunca esquece e ficámos admirados com o bom futebol que estes “rapazes” (que já foram novos) ainda praticam .
Embora nestes “escalões etários” o resultado seja o que menos interessa –é preciso é que todos chegam ao fim em condições de irem pelo seu pé até ao próximo restaurante – a equipa de Alcobaça empatou.
Dois a dois foi o resultado final porque os seleccionados de Rui Alexandre(Isqueiro) não querem perder fregueses…
A equipa da casa alinhou de início com Tozé, Zé Dias, Tónio Carvalho, Aníbal e Borrego; Marco e Jaime; Jorge Carmo, Rui “Isqueiro”,Dadeu e Abel. Foram suplentes Jorge Vieira, Paulo Peça, João Borrego e António Pinto e NN.
JERO

VIVA ALCOBAÇA


E vivam as suas 18 Freguesias:
Alcobaça, Alfeizerão, Alpedriz, Bárrio, Benedita, Cela, Coz, Évora de Alc0baça,Maiorga, Martingança, Montes, Pataias, Prazeres de Aljubarrota, S.Martinho do Porto, S.Vicente de Aljubarrota, Turquel, Vestiaria e Vimeiro.

M84-POLÍTICOS (COM) POSSES


ALCOBAÇA

Perante cerca de 500 convidados membros da Autarquia e Assembleia tomaram posse em 30 de Outubro último

O local escolhido para a tomada de posse foi a Sala do Refeitório do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça -..
Nunca vimos num acto deste tipo – Instalação do Executivo da Câmara Municipal de Alcobaça e respectiva Assembleia Municipal – com a presença de tanta gente.
A imponente Sala do Refeitório estava cheia ate à porta. A leitura que fazemos desta extraordinária afluência de público terá tido a ver com a despedida do Gonçalves Sapinho e dos elementos do seu executivo ,que não transitaram para o novo elenco governativo, bem com a expectativa criada com eleição de Paulo Inácio e sua equipa.
O Presidente Sapinho surpreendeu tudo e todos ao aparecer com o Colar da Torre Espada, 90 anos depois de esta alta condecoração ter sido atribuído à vila de Alcobaça.
No uso da palavra explicou o simbolismo da condecoração com que pretendia dignificar este acto de transição dos poderes de Presidente da Câmara .
Conseguiu transmitir a maior solenidade ao acto aproveitando também, para no seu discurso, saudar todas as forças políticas presentes:«Estão todos de parabéns e também a Democracia».Cumprimentou Paulo Inácio, a quem transmitiu um abraço amigo e solidário.
Homenageou emotivamente todos os colegas que com ele colaboraram em 3 mandatos., recordando que o trabalho sério é sempre compensado. Foi cuidada e criteriosa a transferência em todos os departamentos, pensando no novo executivo que vai ter a responsabilidade de governar.
«Doze anos não são doze dias. Criaram-se afectos, muitos afectos com vereadores, membros do gabinete e funcionários. Gente que nunca recusou qualquer repto ao longo dos anos».
Quando passou a nomes Gonçalves Sapinho revelou-se extremamente comovido. Quando referiu Fernando Malhó teve que parar alguns momentos. Seguiu-se Eduardo Nogueira, a Nélia,a Acácia e muitos nomes dos funcionários mais próximos.
«Saio de cena disponível para tudo e para todos.»
«Um última palavra para minha Mulher. Ao longo dos anos fartei-me de lhe prometer sem nunca cumprir. Desta vez vou mesmo sair. Vou cumprir…sem prometer!»
Seguiram-se os aplausos, o abraço a Paulo Inácio e a anunciada transferência do Colar da Torre Espada.
Assinaturas, posse do novo Presidente da Assembleia Municipal, Luís Castelhano, chamada do Presidente Paulo Inácio, dos novos vereadores Hermínio Rodrigues, Mónica Baptista e José Vinagre, pelo PSD; de Acácio Barbosa e Jorge Agostinho, pelo PS; e de Rogério Raimundo, pela CDU.(chamar “novo” a Rogério Raimundo como vereador tem alguma coisa de redundante mas assumimos – é vereador desde 14 de Dezembro de 1997).
Instalado o novo executivo seguiu-se o esperado discurso de Paulo Inácio.
O novo Presidente, que começou por referir o palco singular onde se encontrava –no Mosteiro de Alcobaça, Património da Humanidade – assumiu que tinha consciência das dificuldades do momento presente. Iria seguir na sua actuação políticas humanizadoras , de rigor. «Da minha parte tudo farei para pôr acima de tudo os interesses de Alcobaça. Respeitarei os direitos da Oposição. Serei dialogante. Pedirei a colaboração de todos.»
Recordou a importância dos Presidentes de Junta, que tem um papel vital por estarem próximos das populações.«Peço a vossa ajuda nessa política de proximidade. É preciso aguçar o engenho. Conto convosco».
«É tempo de unirmos os nossos esforços. Vamos a isto».
«Terei em especial atenção os problemas da 3ª.idade. O desporto. O associativismo. A cultura. A política ambiental. Vamos procurar novos caminhos. Tenho orgulho pelo nosso passado. O futuro está nas nossas mãos. Viva Alcobaça.»
Seguiram-se aplausos, cumprimentos, fotografias e a (longa) chamada e tomada de posse dos 38 elementos da Assembleia Municipal.
Mais discursos dos representantes de cada força política na Assembleia Municipal. A noite de 30,6ª. Feira, foi longa…mas importante. Pelo reconhecimento e pela esperança nos novos dias.
Vai seguir-se um novo ciclo.
«Viva Alcobaça».
JERO

PRIMEIRAS DAMAS


Primeiras Damas ...Uma vida que não é fácil
Mulher de Paulo Inácio(à esquerda) e mulher de Gonçalves Sapinho.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

M83-FEIRA DOS "PASSADOS"


FEIRA DE SÃO SIMÃO-Tasquinhas 2009
Ultima inauguração de Gonçalves Sapinho

No passado dia 28 de Outubro , Gonçalves Sapinho, presidiu, à sessão de inauguração da Feira de S.Simão, no Merco Alcobaça.
Terá sido à sua última inauguração oficial como Presidente da Câmara de Alcobaça. Estivemos por perto de Gonçalves Sapinho, que se encontrava particularmente bem disposto. Antes do “corte da fita”conversou animadamente com o novo Pároco de Alcobaça, Carlos Jorge Vicente, nomeadamente em relação aos Santos do dia 28: São Simão e ,o menos conhecido, São Judas.
O recinto da Feira, nesta edição de 2009, esteve requintado e com uma decoração de muito bom gosto..
Os frutos secos, também conhecidos por “passados”, foram muito procurados e apreciados pelos visitantes que não se ficaram só pela vista. Quer se queira quer não os tempos fazem com que as pessoas puxem pela carteira com alguma parcimónia…
O leque de actividades organizado para os cinco dias do São Simão fou uma animação com os espectáculos musicais da “Bandinha D´Alegria”, do grupo “Isaac Sound”, do “Grupo Soão”, da “Orquestra Juvenil da Cela”, do “Leiricanta - Grupo de Música Tradicional Portuguesa do Ateneu Desportivo de Leiria”, Folclore e do grupo “Os Alentejanos”. Gastronomia, produtos regionais, artesanato e muita animação são as propostas do Município de Alcobaça para os dias 28 de Outubro a 1 de Novembro.
A organização incluiu ainda com uma demonstração de “Krav Maga” – uma arte marcial de defesa pessoal.
Nota 5 para os “passados” de 2009.

JERO

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

M82-UMA BOA NOTÍCIA PARA ALCOBAÇA


NOTA SOLTA

Elísio Summavielle, um homem certo no lugar certo

Raramente o esforço profissional é recompensado.
Raramente é reconhecido o mérito.
Daí que haja alegria por ver Elísio Summavielle no cargo de Secretário de Estado da Cultura.
Vários projectos vão poder agora poder ser adiantados pois como ninguém o antigo Director do IGESPAR os conhece.
O Património Cultural tem agora uma oportunidade única de ser protegido e reabilitado e, por arrasto, o Mosteiro de Alcobaça também. Sabe-se que não há milagres sem apoio financeiro mas
Elísio Summavielle está agora mais perto da “fonte”, por muito débil que seja no seu caudal.
O novo Secretário de Estado vem de dentro, conhece como ninguém o “aparelho” do Instituto e do Ministério. Daí que a escolha mostre também o bom critério da Ministra.
As excelentes relações que sempre o Director do IGESPAR manteve com o Município de Alcobaça, e que encontraram eco no Dr. Sapinho, são prenúncio de um bom período de entendimento com o novo executivo presidido por Paulo Inácio, que não deixará de cultivar a relação.
Enfim, o futuro é colorido.
É a hora.
A todo o vapor Elísio.
Rui Rasquilho

M81-FITAS É COM ELES


FITAS É COM ELES

Os fotógrafos estão sempre lá …mas do outro lado.
Depois há o momento do “corte” e o registo do “instantâneo” para a posteridade.
Neste registo, à entrada da Feira de São Simão – edição de 2009 – estão dois jovens apadrinhadas pela “veterana” Zezinha Vasco.
Quantas fitas já terá visto na sua longa e brilhante carreira?
A que fica a nossa homenagem aos que estão do outro lado…e que, normalmente, não aparecem!
Votos de boas fotos…
das fitas
(e outras…)
JERO

M80- MANHÃS DE ALCOBAÇA

Fequentador habitual das manhãs do Rossio o Gonçalo é ,no mundo dos afectos,um pequeno Rei.
Café e bagaço? Não, obrigado. Fico-me pelo café e pelo suspiro.Bebidas alcoólicas nem vê-las!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

M79- EM 1811 O MOSTEIRO ESTEVE OCUPADO POR DESERTORES

M78-MOSTEIRO DE ALCOBAÇA SAQUEADO E INCENDIADO


ACONTECEU DURANTE A GUERRA PENINSULAR

Respigámos de um artigo do historiador alcobacense Rui Rasquilho

William Tomkinson,(1) oficial britânico da Guerra Peninsular, diz que o Mosteiro de Alcobaça foi saqueado e incendiado.
O fogo durou 22 dias diz o militar, que se presume tenha testemunhado o crime.
O Mosteiro a arder. Qual Mosteiro? A Igreja? As Alas Norte e Sul?
Na Igreja poderia ter ardido o Coro Manuelino e talvez cortinas, porque todos os altares chegaram aos nossos dias, incluindo o Altar-Mor e o Órgão, que constam de fotografias do Sec.XIX e do seu desmonte dos anos 30 do Sec.XX.
A Ala Sul ardeu, mas quando? Nas obras de restauro do Sec. XX verificou-se haver cinzas e restos de madeira calcinada e…um botão de uma farda inglesa. Talvez, insisto, talvez o fogo tivesse lavrado aqui.
Como reagiram os alcobacenses perante o invasor e os que se defendiam?
O que terão dito?
Em 1811 o Mosteiro esteve ocupado por desertores, quando Massena acampou durante vários meses na região de Rio Maior-Santarém.

...
Um dia virá a conhecer-se melhor a história de Alcobaça neste período sombrio da Guerra Peninsular, cujo selo mais relevante na memória do saque são os rombos nos túmulos de Pedro e Inês.
O resto perdeu-se na memória das gerações.

Rui Rasquilho

(1) TOMKINSON, Lieut.-Col (William). The Diary of a Cavalry Officer in the Peninsular War and Waterloo Campaign 1809 - 1815 by the Late Lieut.-Col. Tomkinson 16th Light Dragoons. Edited by his son James Tomkinson. Second Edition. LONDON: Sonnenschein & Co. NEW YORK: Macmillan & Co. 1895.

Diario de un testigo ocular durante la Guerra de la Independencia y luego en Waterloo, editado por su hijo. William Tomkinson (1790 - 1872) sobrevivió tres heridas de bala y una de bayoneta en su primera escaramuza en el pueblo de Grijo cerca de Oporto, recuperado sirvió en Ciudad Rodrigo, Badajoz, Salamanca, Burgos, Vitoria y San Sebastián.
'His diary affords just the kind of material that the historian rejoices to posess, and usually finds most difficult to acquire.' (crítica de la la época)
Palau 334 038. Foulché-Delbosc 260. García-Romeral 1652. Farinelli III p.100. Ayres III p354. Dic.Bib.GdI III p.275.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

M77-1º.DIA DA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE A



Começou a maior campanha de vacinação de sempre em Portugal

Arrancou hoje,dia 26, a vacinação de trinta por cento da população portuguesa contra a gripe A.
É a maior campanha já alguma vez realizada no nosso país, e até Abril a Direcção-Geral da Saúde prevê vacinar três milhões.
Ao todo, nos próximos 15 dias prevê-se a vacinação de 54 mil portugueses: dez mil grávidas em período de gestação superior a três meses, 14 mil profissionais de saúde e 30 mil trabalhadores de actividades consideradas decisivas para o funcionamento do País.
Daqui por duas semanas chegará um novo lote de 60 mil doses de vacinas.

Em Alcobaça a vacinação contra a Gripe A começa dia 28, 4ª.feira

No caso dos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Óbidos, Nazaré e Peniche, as vacinas começarão a ser ministradas apenas na quarta-feira.
Nesta primeira fase, ainda de acordo com Jorge Nunes, médico responsável pelo agrupamento de Saúde Pública do Oeste Norte, que integra os referidos seis municípios, as vacinas serão apenas ministradas nos concelhos mais populacionais, ou seja em Alcobaça e Caldas da Rainha.
Existem 3 grupos prioritários que serão convocados, mas também existe a possibilidade que se dirigir ao médico de saúde para pedir a vacina, adianta Jorge Nunes, lembrando que em caso de dúvidas as pessoas deverão sempre ligar para a linha Saúde 24.

©Lusa

M76-ALERTA PARA AS DORES NEUROPÁTICAS


A dor neuropática


É de difícil diagnóstico e pode confundir paciente e médico. Conheça os sintomas, causas e tratamentos desta doença que afecta 7,7 por cento dos europeus.
A dor neuropática afecta mais de 7,7 por cento dos europeus e tem um impacto significativo na qualidade de vida e no funcionamento das pessoas atingidas.

Em muitos doentes, a dor interfere, de forma relevante no sono e associa-se à falta de energia e de dificuldades na concentração. Não conseguem trabalhar, andar ou mesmo tolerar as roupas em contacto com o corpo, pois o simples toque do tecido pode desencadear dores insuportáveis O principal problema da doença é o seu difícil diagnóstico, podendo não só confundir o paciente como também o médico.

Definição

Descrita como uma sensação dolorosa que ocorre em uma ou mais partes do corpo e que muitas vezes se assemelha a uma apunhalada, choque eléctrico e/ou uma guinada, a dor neuropática é um tipo de dor crónica causada uma lesão ou doença no sistema nervoso e tanto pode ser central como periférica.A dor poder ser contínua ou intermitente e a intensidade varia de fraca a intolerável, consoante o estado da doença e o grau de comprometimento dos nervos.As causasAs três principais causas da dor neuropática central são o traumatismo da medula, consequência de um acidente vascular cerebral (AVC) ou esclerose múltipla. No entanto, na maior parte dos casos, quando se fala da dor neuropática refere-se à periférica que, ao contrário da primeira, não é bioprotectora, ou seja, não tem como função alertar para um problema físico, como acontece habitualmente com as dores causadas por inflamações, pancadas, cortes, etc.Em Portugal, a principal causa da dor neuropática é a perda gradual da função dos nervos periféricos, a polineuropatia diabética, causada pela diabetes. Mas também as lesões osteodegenerativas da coluna que causem compressão nas terminações nervosas, as chamadas dores ciáticas que começam na zona lombar e prolongam-se por toda a perna.O diagnósticoO mais importante é fazer o diagnóstico da doença e, por isso, é fundamental que sejam acompanhados por um neurologista. Na maior parte dos casos, os exames não ajudam a fazer o diagnóstico, sendo que o mesmo deverá ser feito a partir do historial, conversa e observação do doente.

O tratamento

O tratamento deve ser direccionado para a causa da dor neuropática e não para a dor em si. Existem alguns medicamentos e tratamentos disponíveis e o apoio psicológico nestes casos é muito importante. A depressão, a ansiedade, a doença cardíaca e a diabetes são perturbações frequentes nestes doentes.A dor neuropática, ao contrário do que se possa pensar, não é do foro psicológico. É real e tem tratamento. A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, o Instituto Português de Reumatologia, a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação e a Pfizer, lançaram no passado dia 12 de Outubro, uma campanha nacional com o objectivo de alertar para a dor neuropática e os sintomas sugestivos desta doença.

Um estudo da Keypoint indica que 70% das pessoas nunca ouviram falar da dor neuropática .

Joana Guimarães

2009-10-26

In blog "IDADE MAIOR"

domingo, 25 de outubro de 2009

M75-GRAÇAS A JESUS O MEU NETO É DO BENFICA-PARTE DOIS


Os "Europeus" dos anos 60 e emblema do Ginásio de Alcobaça Fomos hoje à tarde com o meu neto ao Estádio da Luz.A Avó tinha-lhe prometido um equipamento "à Benfica" e a promessa foi cumprida hoje, dia 25 de Outubro.

Camisola , calções, meias e sapatilhas.Tudo à maneira.
A camisola ficou personalizada e com o nº. correponsdente à sua idade :PEDRO Nº. 7".

O Pedro nunca mais largou a sua "encomenda".Fomos lanchar a uma pastelaria e a Avó contou-lhe uma história da Família.
«O Pai do teu avô - O Avô "Zé " - só ficava inteiramente feliz ao domingo quando o Benfica ganhava, o Ginásio de Alcobaça ganhava e o Sporting perdia.
Eu acenava com a cabeça, concordando com a versão da história do meu Pai.
O meu neto ouvia com interesse e perguntou de repente:«E o Porto?».
Registou-se um momento de silêncio e respondi eu:«O Porto...não havia».
Está claro que estávamos a falar dos anos 60 e o meu neto está na fase de, por tudo e por nada, fazer perguntas.Nem sempre apropriadas, convenhamos!
Disse entre dentes, só para mim: Quem era o "Porto" nesses tempos gloriosos!? Um benfiquista que se prezasse não se perturbava mininamente com clubes regionais! Para o meu Pai. contavam:
Benfica, Sporting e Ginásio de Alcobaça.
O resto eram mesmos pormenores!
Bons velhos tempos(digo eu...).
JERO

sábado, 24 de outubro de 2009

M74-VIVA A ESCOLA FREI ESTÊVÃO MARTINS

ALCOBAÇA TEM A MELHOR ESCOLA PÚBLICA DO DISTRITO DE LEIRIA
Escola de Alcobaça entre as melhores do País
No ano passado, quando a Escola Básica Frei Estevão Martins, em Alcobaça, ficou em terceiro lugar no ranking das escolas do distrito e entre as melhores do País, o director do conselho executivo, Oliveira Pinto, prometeu ainda mais empenho e dedicação. Assim aconteceu.
Este ano, e seguindo o ranking publicado pelo jornal ‘Expresso’, a Frei Estevão Martins melhorou as suas notas nos exames nacionais de Matemática e de Português do 9º ano, o que lhe valeu a subida de uma posição, apenas ultrapassada pela escola privada (Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Leiria).
O professor Oliveira Pinto garante que "os resultados são consequência de um trabalho continuado". E acrescenta: "temos definidas prioridades no domínio das aprendizagens da Língua Portuguesa e Matemática".
Com 68 exames nacionais realizados, a Escola Frei Estevão Martins tem uma média de 3,62.
Ao REGIÃO DE CISTER, o director do conselho executivo referiu que o Agrupamento da Frei Estevão trabalha muito bem, a prova está no resultado obtido pelos alunos do 4º ano que realizaram provas de aferição. "Foi dos melhores do País", indicou Oliveira Pinto.
Nenhum outro estabelecimento de ensino dos concelhos de Alcobaça e Nazaré figura entre os dez primeiros lugares, à semelhança do que já aconteceu no ano passado.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

M73-NINGUEM PÁRA A MALTA DA 3ª.IDADE



24 de Outubro 15h00

Cine-Teatro de Alcobaça
Como é habitual, o Município de Alcobaça comemora mais um Dia da Terceira Idade, desta vez com o espectáculo do fadista Nuno da Camara Pereira.

Um concerto de apresentação do novo álbum “Lusitânia”, com produção e arranjos musicais da responsabilidade de Custódio Castelo. Trata-se do regresso ao bom gosto musical pela voz inconfundível de um dos maiores fadistas nacionais e que dispensa apresentações.

O espectáculo está agendado para o dia 24 de Outubro pelas 15h00, no palco do Cine-Teatro de Alcobaça.

O Município disponibiliza o transporte das sedes de freguesia para o local do espectáculo, para as pessoas com mais de 60 anos de idade.

As inscrições estão limitadas às vagas existentes.

A reserva deve ser feita no acto de aquisição do bilhete.

Bilhete: 5 Euro


BIOGRAFIA

Nuno da Camara Pereira nasceu em Lisboa, no ano de 1951. Desde muito cedo aprendeu a gostar de Fado mas só em 1977 pisaria o palco pela primeira vez. Estreou-se no Coliseu dos Recreios num espectáculo de variedades. Em 1982 “Fado!”, o seu disco-estreia, composto na sua maioria por novas gravações de clássicos e com dois dos temas mais relevantes da sua carreira “Cavalo Ruço” e “Acabou o Arraial” chega às lojas. Ao longo destes últimos 25 anos, Nuno da Câmara Pereira atingiu com os seus discos números de vendas que apenas se julgavam acessíveis a grupos de Pop e Rock, tendo mesmo recebido o galardão de Duplo Disco de Platina


Fonte: Gabinete de Informação e Relações Públicas da C.M.A.


262 580 843/61

CAMPAS DE MILIATRES PORTUGUESES NO CEMITÉRIO DE BISSAU-GUINÉ


M72-CONCEIÇÃO UMA MULHER DE ARMAS




NINGUEM FICA PARA TRÁS
“Ninguém fica para trás” é um tema e um título que diz muito aos ex-combatentes .
De vez em quando as televisões e jornais do País pegam nele.
No que nos diz respeito confessamos que nem sempre os “compramos”. Se é jornal damos uma vista de olhos…Se é televisão dou-lhe uns segundos e se não me agrada passo à frente!
Desta vez fiz uma excepção e não me arrependi.
Está de chuva e estava em casa na tarde de 4ª. Feira, 21 de Outubro.
Por volta das 16H00 “passei” pela SIC e vi a Fátima Lopes (jornalista que aprecio particularmente pela sua componente humanista) que entrevistava e “deixava falar” uma senhora de quarenta e poucos anos, que tratava por Conceição.
Rapidamente percebi que se falava da recuperação dos corpos (das ossadas!) dos três paraquedistas de Guidage mortos em combate em Maio de 1973.
A Conceição é arqueóloga e nessa qualidade integrou a operação de resgate que teve lugar no Verão de 2008.
A dignidade e coragem com que falava da identificação das ossadas do seu irmão deixaram-me pregado à cadeira …e extremamente comovido.
«Estavam 45 graus de temperatura.Trabalhava perto de uma colega antropóloga. Nunca senti calor, sede ou fome. Sentia-me tranquila e calma. Esperava um “sinal” e aconteceu. Numa comunidade científica eu não podia confessar que esperava “um sinal dó meu irmão”…»
As campas já tinham descobertas graças a um velho mapa, e ao equipamento do geofísico, que tinha detectado sinais no subsolo.À medida que as escavações avançaram, confirmou-se a presença dos esqueletos daqueles soldados e…mais alguns.
Afinal eram 10 campas.
«Ao escavar a quarta campa encontrei uma pequena pedra vermelha muita suja de terra. Limpei-a como arqueóloga mas quando percebi que tinha o feitio de um coração…agarrei-a com mais força. Ali estava “o sinal” do meu irmão! Sem confessar o meu palpite dei a pedra à colega antropóloga e disse-lhe que ,depois de identificado o ocupante daquela campa ,esse “coração” devia ser entregue à família.
Em Guidage estavam quatro antropólogos, uma arqueóloga, um geofísico, e quatro militares que tinham combatido naquela região, há 35 anos, durante a guerra colonial.Em 23 de Maio de 1973 tombaram em combate, alem dos três paraquedistas outros cincos militares portugueses e três guineenses».[1]


«Veio-se o confirmar que as ossadas do meu irmão eram mesmo as da quarta campa, a que tinha o “coração” de pedra, de cor vermelha.
E tive direito a trazê-lo comigo. E hoje uso-o, pendurado num fio de ouro, ao peito. Junto do meu coração».
Não era só a entrevistadora que estava comovida. De vez em quando as câmaras focavam a assistência e parecia que as pessoas nem respiravam Os 3 paraquedistas que morreram em Maio de 1973 regressaram às suas terras natais um mês depois da Conceição ter voltado da Guiné. No Verão de 2008. Eles e as ossadas dos outros sete militares.
«Não iríamos deixar ninguém para trás», disse convictamente a Conceição.
Finalmente tiveram eles – e as suas famílias - direito a um funeral. Com honras militares e com o preito e homenagem de antigos combatentes.«As cerimónias fúnebres, com salvas de tiros de canhão impressionaram-nos muito. A minha mãe, hoje com 83 anos , sofreu muito. Mas conseguimos finalmente fechar um capítulo que tinha de ser escrito.
O meu irmão repousa junto de nós»
E Conceição termina o seu depoimento dizendo:
«Quero participar em mais missões de resgate. Tem que haver vontade de fazer regressar às suas terras natais os militares que morreram na guerra colonial.»


E agora dizemos nós:
Ninguém fica para trás!?Infelizmente alguns ficaram.A saga dos paraquedistas de Guidage poderia – e deveria – ser o mote para os representantes do Estado Português tratarem com os governos da CPLP(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) da transladação condigna dos restos mortais dos militares que “caíram” em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.Custará dinheiro? Obviamente.O nosso Ministério da Defesa não terá disponibilidades para tal!? Sabemos a resposta antecipadamente…Mau grado o interesse …por constrangimentos orçamentais…etc., etc.Deixamos uma sugestão.
A recente Lei nº. 3/2009, a tal que passou o CEP para SEP, não terá criado algum reforço e/ou disponibilidade orçamental!? …A nossa sugestão é a seguinte. Já que estão com “a mão na massa” apliquem os valores disponíveis para pagar uma “divida de honra” que têm com os antigos combatentes . Há mais de 30 anos que muitas famílias portuguesas esperam o regresso dos seus soldados, da guerra colonial. O Estado português enviou-os para a frente de combate, mas não resgatou os corpos de quem morreu na guerra.Providenciem pelo seu regresso.Para que um dia... possamos dizer...finalmente:


Ninguém ficou para trás.


JERO



[1] O Início do ataque do PAIGC ao quartel de Guidage, no Norte da Guiné deu-se em 8 de Maio de 1973.Na operação de auxílio, reabastecimento e contra-ofensiva, que durou de 8 de Maio a 8 de Junho de 1973, as forças portuguesas tiveram 39 mortos e 122 feridos. Pelo menos seis viaturas militares de vários tipos foram destruídas e foram abatidos três aviões (um T6 e dois DO27). Só a unidade de Guidage contabilizou sete mortos e 30 feridos, todos militares. Nos cerca de 20 dias que ficou cercada, Guidage esteve sujeita a 43 ataques com foguetões de 122m/m, artilharia e morteiros. Todos os edifícios do quartel foram danificados. A unidade, que, no conjunto, teve mais mortos foi o Batalhão de Comandos: dez. Sofreu ainda 22 feridos, quase todos graves, e três desaparecidos".


.In “Correio da Manhã”,27 de Julho de 2008



Publicada por Delegação de Alcobaça em 16:24



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

M71-XVIII GOVERNO CONSTITUCIONAL


Novo Governo
Oito novos ministros e cinco mulheres na nova equipa de Sócrates
O XVIII Governo Constitucional, hoje apresentado por José Sócrates ao Presidente da República, vai ter cinco mulheres em 16 ministros e apresenta no seu conjunto oito novos ministros
Num total de 16 ministros, são novos Alberto Martins (Justiça), António Serrano (Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas), António Mendonça (Obras Públicas, Transportes e Comunicações), Dulce Pássaro (Ambiente e Ordenamento do Território), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social), Isabel Alçada (Educação), Gabriela Canavilhas (Cultura) e Jorge Lacão (Assuntos Parlamentares.
Transitam do XVII para o XVIII Governo Constitucional, mantendo as mesmas pastas, seis ministros: Luís Amado (Estado e Negócios Estrangeiros), Teixeira dos Santos (Estado e Finanças), Pedro Silva Pereira (Presidência), Rui Pereira (Administração Interna), Ana Jorge (Saúde), Mariano Gago (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).
Embora mudando de pasta, continuam também no Governo Augusto Santos Silva (transita dos Assuntos Parlamentares para a Defesa Nacional), Vieira da Silva (muda do Trabalho e da Solidariedade Social para a Economia, Inovação e Desenvolvimento).
João Tiago Silveira, que foi secretário de Estado da Justiça, assume agora as funções de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Lusa / SOL
Para uma leitura mais fácil repetimos a composição do XVIII Governo Constitucional:
Primeiro Ministro : José Sócrates
Ministro da Presidência: Pedro da Silva Pereira
Ministro dos Assuntos Parlamentares (novo): Jorge Lacão
Ministro dos Negócios Estrangeiros: Luís Amado
Ministro do Estado e das Finanças: Teixeira dos Santos
Ministro da Defesa (novo): Augusto Santos Silva
Ministro da Administração Interna: Rui Pereira
Ministro da Justiça (novo): Alberto Martins
Ministro da Economia (novo): José Vieira da Silva
Ministro da Agricultura e Pescas (novo): António Manuel Serrano

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (novo): António Augusto Mendonça
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: Mariano Gago
Ministro do Ambiente (novo): Dulce Fidalgo Pássaro
Ministro do Trabalho e Solidariedade Social (novo): Maria Helena Santos André
Ministro da Educação (novo): Isabel Alçada

Ministro da Saúde: Ana Jorge
Ministro da Cultura (novo): Maria Ferreira Canavilhas

Nestes tempos difíceis que todos atravessamos que este novo Governo consiga encontrar o caminho certo para um melhor futuro.
JERO

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

M70-UMA MULHER SEM INIMIGOS


Um incrível exemplo de vida.


ESPEREMOS QUE ESTA HISTÓRIA NOS POSSA SERVIR DE MODELO .
UMA MULHER DE 98 ANOS NÃO TEM INIMIGOS?
UMA ESTÓRIA DE ELEVADO INTERESSE HUMANO! ?!!!?
TODOS OS SERES HUMANOS DEVERIAM VIVER COMO ESTA BOA E ADORÁVEL MULHER!
QUASE AO FINAL DA PRÁTICA DOMINICAL O SACERDOTE PERGUNTOU AOS FIEIS, NA IGREJA:
"QUANTOS DE VOCÊS CONSEGUIRAM PERDOAR SEUS INIMIGOS?"
A MAIORIA LEVANTOU A MÃO.
O SACERDOTE VOLTOU A REPETIR A MESMA PERGUNTA E ENTÃO TODOS LEVANTARAM A MÃO MENOS UMA PEQUENA E FRÁGIL VELHINHA.
"SENHORA MARIAZINHA?
A SENHORA NÃO ESTÁ DISPOSTA A PERDOAR A SUAS INIMIGAS?"
"EU NÃO TENHO INIMIGOS!" RESPONDEU ELA, DOCEMENTE.
"SENHORA MARIAZINHA, ISTO É MUITO RARO!" DISSE O SACERDOTE.
E PERGUNTOU: "QUANTOS ANOS TEM A SENHORA?
E ELA RESPONDEU: "98 ANOS!"
O PÚBLICO PRESENTE NA IGREJA SE LEVANTOU E APLAUDIU A IDOSA, ENTUSIASTICAMENTE.
"DOCE SENHORA MARIAZINHA, CONTE PARA TODOS NÓS COMO SE VIVE 98 ANOS E NÃO SE TEM INIMIGOS?"
A DOCE E ANGELICAL VELHINHA SE DIRIGE AO ALTAR E DIZ EM TOM SOLENE, OLHANDO PARA O PÚBLICO EMOCIONADO:
"PORQUE JÁ MORRERAM TODOS, AQUELES FILHOS DA PUTA!"

Não é lindo ???


M69-FEIRA DE SÃO SIMÃO/EDIÇÃO 2009





Gastronomia, produtos regionais, artesanato e muita animação são as propostas do Município de Alcobaça para os dias 28 de Outubro a 1 de Novembro.

Como manda a tradição prepare a cesta(e a carteira...) para "os passados"da época.
Cinco dias onde pode encontrar, na Feira de São Simão, as melhores passas, castanhas, pinhões e nozes, para além dos queijos, dos enchidos, das compotas, dos vinhos regionais, e muito mais.
As tasquinhas, a animação musical e outras actividades marcam também estes dias de festa, contando a organização com a presença da “Bandinha D´Alegria”, do grupo “Isaac Sound”, do “Grupo Soão”, da “Orquestra Juvenil da Cela”, do “Leiricanta - Grupo de Música Tradicional Portuguesa do Ateneu Desportivo de Leiria”, de um espectáculo de Folclore e para finalizar, no dia 1 de Novembro, com a actuação do grupo “Os Alentejanos”.


Para animar a Feira, este ano a organização conta ainda com uma demonstração de “Krav Maga” – uma arte marcial de defesa pessoal.


Local: MercoAlcobaça
Horário:
4.ª, 5.ª e 6.ª feira: 15h00 às 23h00
Sábado e Domingo: 12h00 às 23h00
Entrada livre

Gabinete de Comunicação e Relações Públicas


No que me diz respeito "pelo-me" por passados, que dizem que engordam.É pena é não fazerem crescer porque eu precisava de mais 15 cms. de altura para o meu peso corresponder a 1metro93!


É de ir...com as devidas precauções!


JERO

M68- ALCOBAÇA NO "PORTUGAL NO CORAÇÃO"


ALCOBAÇA EM DIRECTO PARA O PAÍS E O MUNDO
O programa “Portugal no Coração”, realizado de segunda a sexta-feira das 16h00 às 18h00, no Canal 1 da RTP e RTP Internacional, vai estar em Alcobaça no próximo dia 29 de Outubro, quinta-feira, no âmbito da Feira de S. Simão 2009.
Na companhia de Tânia Ribas de Oliveira e João Baião, a Câmara Municipal de Alcobaça e a RTP convidam a população de Alcobaça para estarem presentes durante o decorrer do programa.

Gabinete de Relações Públicas da CMA.


Pessoalmente gosto muito do Programa e dos Apresentadores.

Como diz o meu amigo José Alberto Vasco: É de ir.

JERO

M67-DIA DO VETERANO EM IMAGENS

Nº.1 -Palestra do escritor e ex-militar da Guiné Dr. Luis Rosa sobre a Batalha de Aljubarrota.
Nº.2-Missa celebrada pelo Padre Ramiro Portela na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres.

Nº.3- Rua Direita apinhada de ex-combatentes a caminho da rotunda da Estátua de D.Nuno.


Nº. 4-Responsáveis da APVG na deposição de coroas de flores junto à estátua do Condestável.







Nº. 5-Uma sala pequena para tanta gente nos Olheiros,em Aljubarrota.Bom almoço.




nº6-Homenagem da APVG ao Adjunto do Presidente da C.M.Alcobaça,Dr.Eduardo Nogueira





terça-feira, 20 de outubro de 2009

M66-DIAS COM HISTÓRIA


DIA DO VETERANO DE GUERRA

Por iniciativa da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra celebrou-se em Aljubarrota no passado dia 20 de Outubro, o Dia do Veterano de Guerra,
Apesar do mau tempo cerca de três centenas de ex-combatentes e suas famílias marcaram presença na histórica vila de Aljubarrota, comparecendo à chamada dos dirigentes da dinâmica APVG, que já congrega mais de 50.000 associados em todo o País.
O programa inicial teve que sofrer algumas alterações devido à chuva que se fez sentir durante parte da manhã de 3ª. Feira, nomeadamente no que respeita ao lançamento de paraquedistas, que teve de ser anulado.

Estava prevista uma visita guiada a Aljubarrota que também não se realizou ,sendo substituída por uma palestra pelo escritor e também ex-combatente Dr.Luís Rosa, que decorreu no interior da Igreja de Paroquial de Nossa Senhora dos Prazeres.
Seguiu-se a missa celebrada pelo Revmº. Padre Ramiro Portela, com a igreja literalmente cheia até à porta.

No final da celebração foi tempo de discursos – ainda dentro da Igreja -.Usaram da palavra José Fialho, da APVG de Alcobaça, Prof. Dr. Augusto Fernandes e Manuel Anjos Pereirinha, ambos dirigentes nacionais da APVG e finalmente o Dr. Carlos Bonifácio, que representou a C.M de Alcobaça.

A melhoria do tempo permitiu aos ex-combatentes dirigiram-se a pé até à estátua do Condestável D.Nuno Álvares Pereira, onde decorreram novas cerimónias, emotivamente participadas por todos os presentes.

Seguiu-se o almoço, ainda em Aljubarrota, com animado convívio. Antes da sobremesa tiveram lugar mais alguns discursos com tomadas de posição da APVG em relação à recente alteração do Complemento Especial de Pensão que passou a Suplemento”, com uma substancial alteração para menos que os ex-combatentes não aceitam. Oportunamente irão ser tomadas posição concertadas a nível nacional para fazer chegar ecos desse descontentamento a nível do Governo.
O resto da tarde foi de convívio terminando o Dia do Veterano de Guerra em ambiente de festa com um concerto no Cine-Teatro de Alcobaça a cargo da Orquestra Ligeira Juvenil do Bárrio.
Concerto de uma orquestra de 40 jovens estudantes, que terminou com o Hino Nacional cantado de pé por uma assistência menos jovem mas não menos aguerrida.
A “prova de vida” foi feita.
Os Veteranos de Guerra vão continuar por aí à espera do reconhecimento e respeito que merecem.


JERO

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES


Aljubarrota

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES

O primeiro templo a existir naquele local terá sido construído no século XIII, de que subsiste actualmente o magnífico portal românico. Constitui o mais antigo monumento de Aljubarrota e o de maior relevo histórico.

Nesta igreja ouviu missa e rezou o Condestável D. Nuno Álvares Pereira no dia 14 de Agosto de 1385, antes de se dirigir para a frente de batalha, nos campos de S. Jorge.

A igreja engloba vários estilos, fruto das sucessivas reconstruções ao longo do tempo. Trata-se de uma igreja paroquial rural com portal românico, ladeado por uma torre sineira e robusta.

No interior, deparamo-nos com um coro alto de balustrada de madeira, assente em quatro grossas colunas dóricas de pedra calcária, e à esquerda situa-se o baptistério com uma volumosa pia baptismal, monolítica, em forma de taça septagonal.Ainda na zona de entrada, destaca-se as pias de água benta, igualmente monolíticas, com um grande receptáculo assente em peanhas altas.

O templo é de nave única coberta, com três panos de madeira, sendo a capela-mor abobadada. Na parede do lado direito, a partir da entrada, ganha corpo uma belíssima capela renascentista, e a mesma parede continua a apresentar um púlpito de pedra, rectangular, ornada com motivos geométricos e assente em mísula curvilínea, logo seguido de um grande nicho que acolhe o Anjo Gabriel.A parede termina rasgada pelo grande arco gótico que abre para a capela medieval dos fundadores, Martim Palença e esposa, cujos sarcófagos estão ali patentes.Em frente, na parede contrária, um outro altar lateral, votivo a Santo António, é emoldurado por pedra finamente lavrada, também ao gosto renascentista.

Na capela-mor em abóbada com nervuras rematadas por florão, encontram-se molduras em tratamento barroco, nas portas e janelas. De estilo maneirista, esta capela foi alterada e apresenta um conjunto de altar e retábulo de mármore rósa e branco de grande imponência. Ladeando o arco cruzeiro de grande altura, estão dois altares colaterais barrocos.

A festa em honra de Nossa Senhora dos Prazeres realiza-se no 1º Domingo de Agosto que é o dia dedicado a esta santa e dura 4 dias.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

M65-VAMOS LUTAR PELO "NOSSO" MUSEU DO VINHO


O Museu do Vinho que Futuro?

A ideia de um Museu para Alcobaça já remonta ao século XIX e são conhecidos os esforços de Manuel Vieira Natividade para a materialização da ideia. O que é certo é que chegamos a Abril de 74 e nada de Museu. No alvor do regime democrático a instalação de um museu em Alcobaça volta à ribalta. Em 1977 surge a ADEPA, Associação Cultural cuja finalidade primeira explicitada no art. 3º dos Estatutos consistia em “pugnar pela criação, instalação e funcionamento de um Museu de Alcobaça...”. As reflexões e propostas de projecto e modelo museológico conheceram vários intervenientes e evoluções com o passar dos anos, em que foram protagonistas Eduíno Borges Garcia, Rui Rasquilho e Maria Olímpia Lameiras de Figueiredo. Por mais de uma vez foi anunciado o parto museológico, mas em todas as ocasiões acabou por sobrevir um nado-morto.
Neste clima de indiferença institucional pela memória e identidade de Alcobaça e sua região resistia um espaço museológico denominado Museu Nacional do Vinho. Este Museu nasceu fruto do impulso do Engenheiro Técnico Agrário Paixão Correia que incansavelmente adquiriu mobília vinária, alfaias, aparelhos e máquinas para o acervo expositivo. Mas por ignorância da história de Alcobaça ou sonhos de grandeza este projecto nunca foi acalentado. Agora vemos o Museu encerrado e o exterior a revelar sinais evidentes de abandono.
O edifício que alberga o Museu tem uma história e um contexto. A 25 de Maio de 1896 principiavam as obras de construção das adegas, lagares e casa da caldeira do Olival Fechado projecto verdadeiramente modelar quanto à dimensão do espaço, funcionalidade e nível de equipamentos, que tinha como proprietário e autor o Dr. José Eduardo Raposo de Magalhães. São estas dependências adquiridas a 26 de Fevereiro de 1948 pela Junta Nacional do Vinho que hoje albergam o Museu do Vinho.
Esta instalação é coeva de uma revolução que abalou os alicerces do Portugal vinhateiro e falamos da filoxera, praga que atingiu o concelho de Alcobaça em 1887 e matou literalmente a vinha europeia. Raposo de Magalhães foi um dos lavradores vinhateiros alcobacenses que resistiu à tragédia e com energia e fé replantou e ampliou os seus vinhedos. A nova vinha enxertada nos bravos americanos assenta numa matriz de exploração inovadora, que inclui critérios de alinhamento e compasso, apoios químicos e mecânicos, o que vai permitir alcançar resultados de dez pipas por hectare, quando anteriormente a média se situava numa pipa e meia. Mercê desta revolução a vinha passa a ser o motor da economia alcobacense. Os vinhos de Alcobaça abastecem o Brasil e as colónias africanas e os vitivinicultores arrecadam prémios em certames nacionais e internacionais, nomeadamente em Paris (1900) e no Rio de Janeiro (1909).
A técnica e a ciência dão igualmente o seu contributo para melhorar a qualidade dos vinhos e permitir a sua conservação. Nas novas adegas (de que é exemplo maior a adega do Olival fechado) introduzem-se geradores a vapor para garantir a esterilização e estanquicidade das vasilhas vinárias, bombas de trasfega para pôr o vinho a limpo e estabelecer os lotes, esmagadores e desengaçadores que fazem da milenar pisa a pés uma arte obsoleta e ocasional, prensas de cinchos que arredam as ineficientes prensas de varas, assiste-se ainda a uma renovação do vasilhame de conservação e estágio dos vinhos e aguardentes, seleccionando madeiras de préstimo como o castanho, o carvalho e o vinhático.
Ao falarmos no Museu do vinho podemos então falar de um museu no museu dado o testemunho de arqueologia industrial que esta peça significa.
Sabemos que da parte da edilidade foram encetadas negociações para a tomada de posse e reabilitação deste conjunto patrimonial e museológico. Também sabemos que neste país a resolução de problemas de índole cultural é um autêntico quebra-cabeças. Mas a cidade de Alcobaça não pode voltar costas ao seu único museu.
É certo que o modelo expositivo é arcaico e que o edificado necessita não só de obras de consolidação, como de musealização do espaço, que as peças, aparelhos e máquinas precisam ser criteriosamente inventariadas, estudadas e nalguns casos restauradas, que as exposições em torno deste produto devem ser contextualizadas, conhecer suporte histórico e conceptualização. Mas este espólio faz inveja a muitos museus nacionais e internacionais dedicados à temática do vinho e não pode simplesmente engrossar a lista de mais um bem cultural a abater.
O Museu do Vinho é uma mais-valia e não um estorvo. Este museu pode contar a história do fabrico do vinho desde que os monges cistercienses mandaram chantar as primeiras vinhas e produzir vinhos que ficaram no imaginário e no palato dos viajantes que se acolheram na hospedaria monástica. O Museu pode e deve ter uma vertente pedagógica e didáctica, uma dimensão de pesquisa e investigação e até animar um projecto de produção de vinhos históricos, como o que ocorre em Ourém (em que gente mais afoita reclama a produção de vinhos cistercienses). De portas fechadas à população ou no marasmo antigo é que não é justo perpetuarmos a sua história de vida.

António Valério Maduro

sábado, 17 de outubro de 2009

PLACAS ONDE ESTÃO GRAVADOS 8290 NOMES





No Monumento aos Combatentes do Ultramar da autoria de Carlos Guerreiro e Batista Barros, em homenagem a todos aqueles que morreram em combate, na Guerra do Ultramar, entre 1961 a 1974 estão 8290 nomes .



A parede em redor do monumento está revestida com placas onde estão gravados os nomes de todos os ex-combatentes mortos em combate.
As lágrimas de quem por eles choraram estão por perto...



Logo atrás do Forte do Bom Sucesso, em Belem, passa o Tejo, a caminho do mar .



JERO

M64-HUMANIZAR A MORTE


O TEXTO QUE SE SEGUE É A CONTINUAÇÃO DA MINHA POSTAGEM M50(Guerra sem fim, Ex-Combatentes Homens com dores de Alma) e foi publicado no blogue "Luis Graça e Camaradas da Guiné".




Carta aos Pais do Nascimento
quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
Guiné 63/74 – P5105: Histórias do Jero (José Eduardo Oliveira) (18): Mina antipessoal

1. O nosso Camarada José Eduardo Reis de Oliveira (JERO), foi Fur Mil da CCAÇ 675 (Binta, 1964/65), enviou-nos a sua 18ª história, com data de 10 de Outubro de 2009:

Mina antipessoal – parte II

Quarenta e tal anos depois... memórias do ex-Alferes Belmiro Tavares.

Estava em Bissau. Ao fim da tarde encontrei o Honório que me disse:
– Houve azar na tua Companhia. Fui buscar um soldado que chegou morto ao Hospital.
– Sabes como se chamava?
– Nascimento.
– É meu, porra!

Segui de táxi para o Hospital.

Mal cheguei dei de caras com o «Rato», o Cabo-Enfermeiro Martins.

Este estava no HM-241 a fazer tratamento de desparasitação (!?) e logo que me viu gritou-me a má nova:
- Morreu o Nascimento.

Estava agitadíssimo. Em cada três palavras dizia duas asneiras.

Já não sei como mas... seguiu-o pelos corredores do Hospital e fui dar a uma sala onde estava um corpo coberto por um lençol.

O «Rato» destapou o corpo e reconheci o corpo desnudado do Nascimento. Morto. Não tinha um pé.

Falei com o Médico de serviço.
– Como é que isto aconteceu? Por que morreu?
– Faleceu à saída da ambulância. Quando passou a porta do Hospital já não estava vivo.

Voltei a Bissau completamente destroçado. Recusava-me a acreditar!

Tinha conhecimento do caso de um militar que tinha ficado sem as 2 pernas e safou-se e o Nascimento estava morto... por ter ficado sem um pé!? Procurei e encontrei o Honório, a quem pedi mais pormenores sobre a evacuação.

Contou-me que estava muito mau tempo. Céu nublado baixo. A visibilidade era diminuta. Só um maluco é que arriscaria a descolagem de Bissau a caminho do Norte.

Está claro que foi o Honório. Fez voo rasante de Bissau a Binta, seguindo sempre o Rio Cacheu. Regressou com o ferido a Bissau sempre a baixa altitude. À chegada o ferido tinha o garrote desapertado. Foi metido numa ambulância a caminho do Hospital. Pouco depois rebenta um pneu da ambulância. Mais uma demora.

O último azar nesse dia terrível. Fatal para o Nascimento.Quando finalmente chegou ao Hospital era tarde demais.

O ex-Alferes Tavares desfia estas recordações com a voz embargada. Por vezes tem que parar de falar.
– Comigo em Binta, o Nascimento não teria pisado a mina anti-pessoal...Se junto a Santacoto «o trilho era recente», ele não devia ter sido pisado pela nossa tropa... Recordo o Nascimento como um soldado leal e frontal nas relações com os seus superiores. Não consigo esquecê-lo... Se lá estivesse ele podia estar vivo!

O ex-Alferes Tavares faz um longo silêncio.
– Oliveira... vamos ficar por aqui.

Mina antipessoal – parte III

Mais uma achega do Belmiro Tavares:

«O primeiro grande acto cívico da 675 aconteceu ainda na Guiné. Custeámos as transladações (urnas próprias) dos nossos 3 mortos em combate para que os corpos fossem entregues às famílias que tiveram assim a oportunidade de fazer funerais condignos. Caso contrário ficariam “esquecidos” algures na Guiné... a norte do Cacheu.»

Mais tarde acrescentou às suas “obrigações” tratar das lápides para as sepulturas dos companheiros que, pela ordem natural da vida, foram desaparecendo do número dos vivos.

E não só:Tivemos acesso a uma carta para os Pais do Soldado João Nunes do Nascimento – morto em combate em 30 de Julho de 1965, que é particularmente tocante.

«… Lisboa , 29 de Abril de 1968

Exmº. Senhor João Nascimento

O senhor não sabe quem eu sou mas vou dizer-lhe. Meu nome é Belmiro Tavares e sou Alferes Miliciano. Estive na Guiné de 1964 a 66 e fui comandante de pelotão a que pertenceu seu filho, o meu grande e saudoso amigo, João Nunes do Nascimento. Do fundo do coração peço desculpa por fazer sangrar mais uma vez a ferida que a morte do seu filho abriu no seu coração de pai mas eu, que tinha em grande consideração o seu filho, não podia por mais tempo calar este desejo íntimo, esta ânsia de desabafar e contactar com o pai dum dos meus soldados, o único do meu pelotão que tombou em defesa da Pátria. Aproveito a oportunidade para o felicitar pela educação esmerada que soube dar ao seu filho fazendo dele um modelo de virtudes e um bom português. Da consideração e estima que todos nós -oficiais, sargentos e soldados – tínhamos pelo seu filho já o senhor tem provas de sobejo e posso dizer-lhe, em abono da verdade, que o seu filho era um dos mais destacados soldados duma Companhia que se distinguiu na Guiné.
...
Dentro de dias, no dia cinco de Maio, um grupo de soldados da nossa Companhia reúne em Lisboa para mandar rezar uma missa por alma do seu filho e por alma de mais dois rapazes que para sempre nos abandonaram e que jamais poderemos esquecer… Ficar-lhe-íamos eternamente gratos se nos desse alegria da sua presença.

… Todos os anos no primeiro domingo de Maio a sua memória será reavivada por todos nós até que o bom Deus nos chame para junto dele.

a) Belmiro Tavares:

E os pais do Nascimento compareceram e compartilharam com os camaradas do seu filho a saudade e a memória do militar do 3º Pelotão, Soldado Atirador nº. 2.169/63, João Nunes do Nascimento.

Continua a não ser um final feliz. Mas o encontro com os Pais do Nascimento acrescentou dignidade e paz à família “675” que… não esquece e continua a honrar os seus mortos.

Fotos: José Eduardo Oliveira (2009). Direitos reservados.

Um abraço,
JERO
Fur Mil Enf da CCAÇ 675



___________ . Luís Graça, ex-Fur Mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71, deixou este comentário no poste 5105, no dia 14 de Outubro de 2009:


Binta, meu caro JERO, foi também uma escola de virtudes... Na tua boca, poderia ser um auto-elogio, escrito por um dos fiéis leitores, deve aproximar-se da verdade...Parece ser uma lugar-comum, e até uma afirmação temerária dizer que situações-limites como a guerra e a preparação para a guerra podem ser reveladoras...Reveladoras do que há de melhor e pior nos seres humanos... Em grupo, como primatas sociais que somos, para mais territoriais, predadores, armados de massa cinzenta q.b. e de tecnologias de morte q.b., somos capazes de tudo, incluindo matar e ter compaixão pelas nossas vítimas, e até matarmos-nos por altruísmo... (quantos heróis não terão sido suicidas altruístas ?).A morte dos nossos camaradas, ao longe ou ao nosso lado, deixou marcas... Éramos uns putos e não estávamos preparados nem para matar nem para morrer nem para ver morrer (independentemente da causa, da bandeira...).A tropa, a IAO e as todas palhaçadas que andámos a fazer, uns por Santa Margarida, outros por Bolama, outros por Contuboel, tudo isso não passava de um prolongamento das nossas brincadeiras de adolescentes... Uns levavam-nas a sério, até a sério demais... Mas ainda estávamos na guerra do faz-de-conta...(de tal maneira que houve Companhias, tal como a minha, a CCAÇ 12, que teve o seu baptismo de fogo, com mortos e feridos graves, ainda em fato-macaco, em farda n.º 3, logo a seguir ao fim da IAO)...A guerra, logo a seguir à IAO, essa, era mesmo a sério... Sobretudo as minas, as emboscadas, as colunas logísticas, os golpes de mão, os patrulhamentos ofensivos, a espera (à noite) do ataque, da flagelação... Os dias, as noites, o inferno verde, os mortos, os feridos, a sede, a desidratação, as abelhas, os mosquitos... Enfim, e sobretudo, o INIMIGO sem rosto... Quase como Deus, ubíquo, invisível, imprevisível, insondável...A guerra marcou-nos com um ferro em brasa... por muito que a gente negue, denegue, racionalize, faça humor, ironize, verbalize, tente esquecer, escamotear, branquear, efabular, infantilizar...Gestos como o do Belmiro Tavares da tua história também nos sensibilizam e enobrecem (não já como portugueses, simplesmente como homens)... E as cartas que o Belmiro e tantos outros graduados, anónimos, mandaram aos pais dos nossos camaradas mortos (em combate, mas também por acidente e doença) deviam poder chegar ao nosso conhecimento, deviam ser conhecidas e preservadas, deviam figurar no futuro museu da guerra colonial...São documentos muitos íntimos guardados ainda pelas famílias (?)... Quantas cartas dessas terão sido escritas? Quantas poderão ainda chegar até nós, digitalizadas ou transcritas para suporte digital? Ou ao Arquivo Histórico-Militar, os originais?Cartas (como a do Belmiro Tavares escrita aos pais do malogrado Nascimento) ajudaram, seguramente, a fazer o luto, a humanizar a morte, a suportar a perda irreparável que era a morte de um filho na flor da vida, e para mais a milhares de quilómetros de distância, numa terra estranha...Estas cartas, de consolo, de solidariedade, de compaixão, escritas por camaradas nossos às famílias em luto, contrastavam com o seco, brutal, frio, impessoal, telegrama, remetido pelos competentes serviços do Exército... (Mas era assim, julgo que era assim, que se comunicava, naquele tempo, a funesta notícia às famílias... Poderia ter sido de outra maneira? Sem dúvida, deveria ter sido de outra maneira...).


Luís Graça

QUEM É LUIS GRAÇA ?


Luís Graça é o fundador, administrador e editor do blogue"Luis Graça e Camaradas da Guiné" que, em quatro anos e meio, já ultrapassou 1.2000.000 páginas visitadas (1.259.954 em 17 de Outubro de 2009).
Natural da Lourinhã (a "capital dos dinossauros"), mora em Alfragide, é sociólogo do trabalho e da saúde, doutorado em saúde pública, professor na Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa, em Lisboa...

Fez a guerra colonial na Guiné (CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

M63-O SOM DO SILÊNCIO


Em certos dias da vida
o silêncio preenche-nos
e faz-nos falta.


Deixa-me ouvir o silêncio.

O som do silêncio dá-nos paz.

Em certos dias da vida
só a paz
nos faz apreciar o silêncio.

Em certos dias ...
Se o meu Pai fosse vivo faria hoje 96 anos.
1913/2009 JERO

M62-CALDEIRÃO NA SALA DOS REIS PARA MEMÓRIA...


O CALDEIRÃO DA SALA DOS REIS DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA É UM "CALDEIRÃO COM HISTÓRIA".
Foi uma das "presas de guerra" da Batalha de Aljubarrota de 13 de Agosto de 1385
e tem um simbolismo muito importante para quem o perde e para quem o ganha.

Porque para combatentes de ontem ou de hoje sem comedoria é gaita que não assobia
...
Os portugueses apanharam o caldeirão e ganharam a batalha.
Os castelhanos ficaram sem rancho e perderam a guerra.
Jero

Diz Luis Rosa:

O capitão Gonçalo Rodrigues, o Roas, era homem de grande destemor e força.

O Condestável deu­-lhe por missão atacar e tomar a bagagem e a carriagem, na reta­guarda, dos castelhanos.

Ele assim o fez, e bem.

Deixou o exército de Castela sem abastecimento, gados e apoio.
...
No sítio de fazer o rancho estavam os caldeirões de bronze... Diz-se que o Roas ergueu um dos caldeirões em peso, pondo em fuga os castelhanos, ao verem a força de avantesma do português. Um dos caldeirões ainda lá está, a um canto da sala dos reis. Para memória.
...
Nem o rei Filipe, quando passou por Alcobaça, se atreveu a destruí-lo.- Vontade não lhe terá faltado, Elias.- Ele era um homem respeitador e tinha sangue português, pois era ... neto... do rei Ma­nuel. Mas, quando visitou o Mosteiro, todos os nobres castelhanos lhe sugeriram que o caldeirão fosse destruído, para «olvidar aquella verguenza», como diziam. O rei Filipe mostrou-se renitente. Então, um nobre, usando um argumento sibilino, deu a ideia de que o bronze do caldeirão fosse derretido e com ele se fizesse um sino. O rei Filipe disse, com ironia: «Se ele já assim faz tanto ruído, o que não fará se o vertermos em sino.»


E assim se salvou o caldeirão.
O claustro do silêncio.


Presença 2002

M61-ALCOBAÇA DE BALÃO-SEC.XXI

Mosteiro de Alcobaça permanece imponente "vendo" por perto balões, que sobem no céu... leves mas reverentes!
Junto daquelas torres já "passaram" séculos de história que...só tremeram em Novembro de 1755!
Mas permanecem de pé.
Mas mesmo as pedras não são eternas...
Assim o IGESPAR não o esqueça e, de vez em quando, trate delas!

ALCOBAÇA AGRADECE.~JERO~

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

M60- ALCOBAÇA ANTIGA "VISTAS DE 40"


M59- PELA SUA SAÚDE

Chegaram as vacinas contra a Gripe A
Joana Guimarães 2009-10-12
Vão ser distribuídas 49 mil doses. Saiba quais são os grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde e como será administrada a vacina.
A partir do próximo dia 26 de Outubro tem início a campanha de vacinação contra a gripe A, de acordo com a ministra da Saúde, Ana Jorge. Para já a vacina será administrada apenas aos grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde e que incluem não só os profissionais de saúde, como também grávidas, asmáticos e obesos.Definição dos rupos de riscoOs grupos de risco definidos por vários países são as mulheres grávidas, as crianças até aos cinco anos, os adultos com doenças crónicas e os trabalhadores de Saúde. Estão também incluídos nestes grupos as pessoas que vivem ou tomam conta de bebés com menos de seis meses, todos os jovens com menos de 18 anos e os idosos com mais de 65 anos.Na primeira fase de vacinação que tem início este mês, vão ser distribuídas 49 mil doses pelos seguintes grupos de risco: profissionais de saúde, designadamente médicos e enfermeiros que sejam considerados imprescindíveis e insubstituíveis pela especialidade das funções que desempenham nos seus locais de trabalho; grávidas no segundo e terceiro trimestre de gravidez com patologias graves associadas; profissionais que desempenham actividades essenciais, imprescindíveis e insubstituíveis pela especificidade das funções ao normal funcionamento da sociedade (como por exemplo funcionários de empresas que fornecem serviços como gás, electricidade, comunicações, segurança, saneamento e comunicação social).As vacinas vão ser administradas através do Serviço Nacional de Saúde, exactamente da mesma forma que as restantes vacinas previstas no Plano Nacional de Vacinação. Os utentes que pertencem aos grupos de risco – quer sejam seguidos no sector público ou privado – só receberão a vacina mediante a apresentação de uma declaração do seu médico que, sob o compromisso de honra profissional, ateste a necessidade de vacinação. Segundo a ministra da Saúde, sem este documento não será autorizada a administração da vacina contra a Gripe A (H1N1). Os centros de saúde vão funcionar com horário alargado para a administração da vacina.Número de dosesQuanto ao número de doses necessárias para imunizar um adulto as informações são contraditórias . Durante a apresentação do plano de vacinação, Ana Jorge garantiu na que são necessárias duas doses com um intervalo mínimo de três semanas para a imunização ficar completa. No entanto, Marie Paule Kieny, responsável pela investigação na Organização Mundial de Saúde, afirmou esta segunda-feira, dia 12 de Outubro, que uma dose é suficiente no combate à pandemia.Vacina sazonal e da Gripe AEm caso de necessidade, ambas as vacinas podem ser tomadas em simultâneo, não havendo qualquer incompatibilidade entre as duas. Assim, quem costuma fazer a vacina sazonal pode, se tiver indicação para tal, ser também vacinado contra a Gripe A. A administração da vacina para a Gripe A será gradual, sendo que o Ministério da Saúde espera que um milhão de portugueses esteja vacinado até Janeiro.
in IDADE MAIOR

terça-feira, 13 de outubro de 2009

M58-GRAÇAS A JESUS O MEU NETO VIROU BENFIQUISTA


Jorge Jesus, treinador do Benfica.
Reconheço que devo ao actual treinador do Benfica o facto do meu neto Pedro ser actualmente um "benfiquista" estabilizado.

O Pedro, que está quase a fazer 8 anos, teve há uns tempos atrás algumas influências nefastas e dizia-se do Sporting.

Foi um grande desgosto.

Quando mais o contrariava mais ele se dizia do Sporting...

Estava quase a desistir quando apareceu um Benfica diferente.Um Benfica vencedor..de muitos golos.

O meu neto que é bom de bola - tem um pé esquerdo extraordinário - começou a perceber de que lado estava a razão. E porque é que o Avô e Tio eram do "glorioso".

E voltou a ser do Benfica.Convicto e estabilizado.

Graças a Jesus.

O sucesso dele é, também, o sucesso do Benfica.

Pode não ser Campeão mas já lhe devo uma.

O meu neto virou benfiquista.

JERO

M57-UM NOVO LIVRO DE MEMÓRIAS,VIVÊNCIAS, USOS E COSTUMES

"No tempo de Salazar,Caetano e Outros, Alcobaça e Portugal”

A melhor homenagem que se pode fazer a um autor é ler o seu livro..
É o que temos vindo a fazer nos últimos tempos em relação à obra de Fleming de Oliveira “No tempo de Salazar, Caetano e Outros, Alcobaça e Portugal” .
Vale a pena referir o que Fleming de Oliveira diz em “Nota” introdutiva em relação ao seu livro :«Este não é um Livro de História, nem Autobiográfico, mas tem como pano de fundo o período do Estado Novo (28 de Maio de 1926 a 25 de Abril de 1974), assumindo-se assim como um registo de memórias, vivências, usos e costumes de um tempo distante, mas com marcas que ainda perduram e correm o risco de se perder.»
As suas dezenas e dezenas de histórias estão “arrumadas” em Livro I (dez capítulos) e Livro II (também com dez capítulos) que são para ler e saborear em quietude e tranquilidade, podendo “saltear-se” páginas para a frente e para trás sem de perder o fio à meada. Estamos a falar da nossa “experiência pessoal”…
Quem como nós somos de Alcobaça desde Abril de 1940 estamos a encontrar muitos histórias do nosso tempo, que nos fazem recordar e reviver tantas “páginas” da vida de todos nós.
A evocação da imprensa periódica de Alcobaça é muitíssimo interessante recordando várias figuras marcantes do tempo. Recordamos algumas com quem tivemos contactos efémeros mas que cunharam indelevelmente os mais jovens no que respeita a valores significativos da vida.: Recordamos, entre muitos, João Lameiras de Figueiredo , João de Oliva Monteiro, Vasco da Gama Fernandes, Amílcar Magalhães, João Maria Sousa Brito , etc., etc..
A importância dos Regedores no Estado Novo com defeitos e virtudes. Pessoalmente recordamos Manuel Ângelo, “Governador Civil de Aljubarrota”, que foi uma figura incontornável no tempo(décadas de 50 e 60)
Políticos e nomes ilustres da cultura alcobacense têm o seu lugar neste livro “que não é de história nem autobiográfica tendo como pano de fundo o Estado Novo”: Joaquim Ferreira Guimarães, José Nascimento e Sousa, Júlio Frederico Biel, antigos Presidentes da CMA. José Sanches Furtado, visto por uma Filha e outros oposicionistas como Alberto Serrano, Artur Faria Borda e Gilberto de Magalhães Coutinho, são personagens de referência neste livro sobre Alconbaça. Também D.António de Campos, Bispo Auxiliar de Lisboa é citado.
Terminamos este apontamento com a (extraordinária) referência à visita de Isabel de Inglaterra a Alcobaça e aos trabalhos feitos apressadamente nos meses que antecederam Fevereiro de 1957.
O Engº. José Costa e Sousa era ao tempo, Chefe dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal e é “fonte” privilegiada das linhas que se seguem:«…as obras de desaterro foram alargadas para além do inicialmente previsto…Para as obras da Rua Dr.José Zagalo, conhecida por Ladeira do Mata Galinhas…construiu-se um muro com sacos de cimento, descarregados directamente das camionetas, os quais funcionavam como blocos…Tiveram que ser colocados troncos de pinheiro, cortados no Pinhal da Gafa, alguns com 14 metros de comprimento. Dado que o corte se fez de noite “nunca se soube a razão”…o pessoal municipal trabalhava à luz dos faróis de camionetas…para pegar nalguns troncos era necessário o esforço de mais de 20 homens.Mas “o vendaval num copo de água” – expressão de Costa e Sousa” chegou com a construção das instalações sanitárias para uso dos Reis de Inglaterra
.Havia três entidades responsáveis pelas obras : SNI (Secretariado Nacional de Informação), MOP (Ministério das Obras Públicas) e MNE (Ministério dos Negócios Estrangeiros).. O responsável do SNI queria que fossem utilizadas louças cor de rosa; o da MPO defendia o azul enquanto que o do MNE se inclinava para o branco.Como quem estava mais tempo no local das obras era o técnico da Câmara, Engº. Costa e Sousa, todos lhe diziam nas costas do outro, para aplicar a louça da cor que defendiam. O assunto assumiu tais proporções que o encarregado d SNI ameaçou fazer queixa ao Dr.Salazar, se outra fosse a cor da louça, que não o rosa.


O que se segue é da nossa inteira responsabilidade. Após visita, a que assistimos no meio de grande multidão, dizia-se em Alcobaça que os Reis nem à casa de banho tinham ido. E que se tinham gasto 80 contos para nada…


O autor


O autor, natural do Porto, Fleming de Oliveira vive e trabalha em Alcobaça há mais de 35 anos.


Está de parabéns.
“No tempo de Salazar, Caetano e Outros, Alcobaça e Portugal” é um livro que recomendamos vivamente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

M56-AUTÁRQUICAS/ QUEM GANHOU AS ELEIÇÕES?


Critérios distintos
por Paulo Alexandre Amaral, RTP actualizado às 04:23 - 12 Outubro '09



PS e PSD reclamam vitória nas autárquicas de 2009





Uma leitura assente em diferentes critérios permitiu a PS e PSD chamarem a si a vitória nas eleições deste domingo (Lusa )



As lideranças de PS e PSD tomaram o palanque para reivindicar vitória, deitando mão a argumentações distintas.




José Sócrates, secretário-geral socialista, sublinhou a superioridade do PS no critério do número de votos e de mandatos.


A líder dos sociais-democratas destacou a vantagem laranja no número de câmaras e de freguesias conquistadas.



Dirigindo-se ao país como chefe do Governo, José Sócrates iniciou o seu discurso com uma saudação a "todos os autarcas eleitos", a quem deixou "uma nota de felicidades" e o desejo de que possam desempenhar um bom mandato.
Logo depois, num discurso que antecedeu a alocução de António Costa, foi já o secretário-geral socialista José Sócrates que tomou a palavra para ler os resultados deste domingo e considerar o Partido Socialista como o grande vencedor não só da jornada eleitoral mas também do ciclo que hoje se fechou com as autárquicas. Com a vitória do PSD no Porto (Rui Rio) e um maior número de câmaras conquistadas pelos sociais-democratas, o triunfo do socialista António Costa em Lisboa constituiu o resultado mais relevante do PS no escrutínio de hoje, ao que se junta a superioridade no total de mandatos e número de votos.
"O Partido Socialista tem nesta noite eleitoral um resultado muito bom", afirmou Sócrates, considerando que "todos os socialistas têm hoje boas razões para estar satisfeitos".
O líder dos socialistas explicou que, "em primeiro lugar, o Partido Socialista é o partido mais votado" nestas eleições (37,66%), em que "obteve mais de dois milhões de votos", o que representa uma subida em relação às últimas autárquicas e também uma subida "em relação às últimas eleições legislativas".
"Pelo critério do número de votos, o PS ganhou estas eleições autárquicas em Portugal" e "ganha também em número de mandatos", sublinhou José Sócrates, que fazia o seu discurso a partir da sede do Rato quando faltava ainda apurar duas dezenas de freguesias.
"Mesmo somando os mandatos do PSD com os mandatos obtidos pelo PSD em coligação com o CDS, a verdade é que o PS vence, obtendo 898 mandatos (em 2005 teve 824)", explicou Sócrates, lembrando que "o PS tem mais 50 mandatos" do que os principais rivais.
Sócrates reconheceu no entanto a vitória dos sociais-democratas quanto ao número de câmaras, o que valeu uma saudação do secretário-geral socialista ao PSD. Mas o líder do PS sublinharia logo após que ainda neste item do número de câmaras, o PS "é o partido que mais cresce", de 110 em 2005 para 132 em 2009.
O número de câmaras, referiu, "é também um critério importante nas eleições autárquicas, mas quero sublinhar que o PS é o partido que mais cresce em número de câmaras, passando das 110 de há quatro anos para cerca de 132".
Nesse sentido, José Sócrates reforçou a ideia de "um bom desempenho" por parte do seu partido, que com mais 22 câmaras em relação a 2005 atinge "um resultado que está muito para além das expectativas de todos no início destas eleições autárquicas", tendo o secretário-geral deixado uma saudação aos socialistas envolvidos neste embate eleitoral, com destaque especial para as vitórias de "Leiria e Beja, duas capitais de distrito onde o PS nunca tinha ganho".
Para a recta final do discurso, Sócrates reservou o elogio a António Costa, hoje reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
"Quero no final desta noite eleitoral sublinhar a importantíssima e expressiva vitória que o PS obtém em Lisboa", afirmou Sócrates, para reiterar que "António Costa obteve uma histórica vitória em Lisboa porque pela primeira vez o PS sozinho obteve uma vitória muito expressiva sobre a coligação de direita".
Ferreira Leite reclama vitória
"As eleições autárquicas que hoje se realizaram deram a vitória ao PSD" - foi desta forma que Manuela Ferreira Leite deu início a um discurso de vitória assente na ideia de que o partido que lidera manteve o maior número de câmaras e freguesias, o que lhe concede o estatuto de "maior partido português nas autarquias locais".
A líder laranja lembrou na sua alocução a partir da sede nacional da São Caetano à Lapa que nesse sentido o PSD mantém "a presidência da Assembleia Nacional de Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias".
Ferreira Leite passou de seguida a lembrar as conquistas mais significativas deste domingo, com as vitórias em "câmaras importantes ou emblemáticas". A presidente do PSD destacou os casos de "Faro, Espinho ou Felgueiras", sem deixar cair "o reforço de votações nos núcleos urbanos" em áreas como "o Porto, Gaia, Sintra, cascais, Braga, Odivelas e Espinho".
Em relação a Lisboa, a falar numa altura em que não havia resultados definitivos, a líder defendia ainda que "apesar de não termos ganho a presidência da câmara" o PSD podia ainda obter o mesmo número de mandatos do PS, o que não veio a verificar-se, com o escrutínio final a traduzir-se num 9 (mandatos para o PS), 7 (PSD) e 1 (CDU).
Mostrando satisfação pelo que considera ter sido uma escolha criteriosa dos candidatos, Manuela Ferreira Leite tomou "o resultado destas eleições como o justo reconhecimento do trabalho realizado ao longo dos anos junto das populações".
A líder aproveitou a subida ao palanque no derradeiro discurso das hostes laranjas para sublinhar que é no poder local que o "efeito de proximidade permite maior eficácia das políticas", que são escrutinadas "sem o filtro da propaganda enganosa ou da manipulação da opinião pública".
Ferreira Leite quis ainda deixar uma palavra de agradecimento pelo trabalho dos autarcas, a quem reconhece um papel fundamental no auxílio às populações nestes tempos de crise.